O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou oficialmente que um primeiro lote de armas nucleares táticas foi transferido para a Bielorrússia, país vizinho da Ucrânia. Durante um fórum, Putin afirmou que essas armas seriam utilizadas somente em caso de ameaças ao território ou estado russo. Os Estados Unidos, por sua vez, afirmam não ter evidências de que o Kremlin planeja utilizar armas nucleares para atacar a Ucrânia. A Bielorrússia é uma aliada importante da Rússia e foi utilizada como plataforma para a invasão russa em grande escala à Ucrânia no ano passado. Putin declarou que a transferência das ogivas nucleares será concluída até o final do verão.
As armas nucleares táticas são projetadas para uso em campo de batalha ou ataques limitados, destruindo alvos inimigos em uma área específica sem causar disseminação radioativa generalizada. Suas potências variam, indo de algumas toneladas de explosivo TNT (quilotons) para as menores até 100 quilotons para as maiores. Em comparação, a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945 tinha uma potência de 15 quilotons.
Durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin explicou que a transferência das armas nucleares tinha o objetivo de “contenção” e de mostrar que a Rússia não seria derrotada estrategicamente. Questionado sobre a possibilidade de utilização dessas armas, o presidente russo afirmou que não há intenção de ameaçar o mundo inteiro, mas que o uso de medidas extremas é possível em caso de perigo para o Estado russo.
Em relação à guerra na Ucrânia, líderes africanos, incluindo o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, visitaram Kiev como parte de uma iniciativa de paz apresentada aos dois países. Durante a visita, a cidade foi alvo de mísseis russos. Ramaphosa pediu a desescalada e negociações para alcançar a paz. No entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu o congelamento diplomático da Rússia como forma de condenação internacional à invasão russa. Zelensky afirmou que a Ucrânia não participará de negociações com Moscou enquanto o território ucraniano estiver ocupado. Putin reiterou que a Ucrânia não tem chances de sucesso em sua contra-ofensiva atual, argumentando que o exército ucraniano está ficando sem equipamento militar e dependendo cada vez mais de doações ocidentais.
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