O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou parte do discurso do lançamento da sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto para atacar a política econômica do governo de Jair Bolsonaro (PL) e defender aumento de investimentos públicos e geração de empregos.
“Vamos provar que o Brasil pode voltar a ser um país que cresce, que se industrializa e que gera emprego”, disse Lula, que participa hoje do evento que sela a aliança entre PT, PSB, PCdoB, PSOL, Solidariedade, PV e Rede na disputa presidencial este ano.
O ex-presidente criticou o aumento da inflação, especialmente atacando as altas de preços da gasolina, alimentos, planos de saúde e mensalidades escolares. Lula também centrou fogo na perda do poder de compra do salário mínimo e nos reajustes abaixo do IPCA que têm marcado as negociações para a maior parte das categorias.
“Não é possível que o reajuste da maioria das categorias fique abaixo da inflação. Não é possível que o salário mínimo continue perdendo poder de compra”, disse o petista. Em vídeos institucionais apresentados no evento, o PT também atacou o aumento dos preços durante o governo Bolsonaro.
Sem falar em revogação da reforma trabalhista aprovada em 2017 – um dos pontos polêmicos defendido pelo PT -, o ex-presidente falou em “avançar numa legislação que garanta os direitos dos trabalhadores” e que estimule uma “negociação justa” entre trabalhadores e patrões. “Somos capazes de gerar mais de 20 milhões de empregos com direitos garantidos”, afirmou.
O ex-presidente defendeu ainda a ampliação de investimentos em infraestrutura como forma de elevar a produtividade do País. Para Lula, é necessário “retomar o modelo de crescimento econômico com inclusão social” que teria marcado o período dos governos petistas.
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