Otimismo. Esse é o sentimento dos representantes do setor de eventos após a previsão de avanço na vacinação contra a Covid-19 feita pela governadora Fátima Bezerra (PT), que pretende aplicar pelo menos uma dose em toda a população adulta do Rio Grande do Norte até o fim de setembro. Nas redes sociais, o anúncio causou uma mistura de animação pela perspectiva de controle da pandemia e esperança pela volta dos eventos presenciais.
O Carnatal, um dos maiores carnavais fora de época do país, que acontece tradicionalmente em dezembro, foi logo lembrado pelos foliões, mas os organizadores são cautelosos. A possibilidade existe, mas depende de uma série de fatores, que inclui principalmente o comportamento da pandemia e a evolução da campanha de vacinação no Rio Grande do Norte.
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De acordo com Roberto Bezerra, diretor da Destaque, empresa responsável pela organização do Carnatal, o futebol será uma espécie de “termômetro” para o planejamento do evento. “Enquanto o futebol não puder ter público, dificilmente outro evento vai ser autorizado no país. Como profissional da área de promoção de eventos eu gostaria que tudo voltasse, mas não vamos dar um passo além das orientações dos governos. Pode ser até que tenha Carnatal em 2021, de forma diferente, menor, não sei ainda, mas nada será feito sem a autorização do governo. Temos adotado essa postura há mais de um ano”, ressalta Bezerra.
O empresário revelou ainda ao Novo, que mantém conversas com o Governo do Rio Grande do Norte para tratar da possibilidade de realização do Carnatal. “Não é possível dizer se vai ter ou não, mas o planejamento para esses grandes eventos demanda cerca de quatro meses, então se eu perder o mês de agosto, perco o evento. Então essas reuniões são para perguntar ‘como é que devemos nos posicionar em relação ao planejamento?’. Todos os patrocinadores seguem com a gente, se tiver ótimo, mas se não a gente planeja para o outro ano”, conta.
O mesmo tom é adotado por Jomardo Azevedo, criador e idealizador do Festival Mada. O empresário destaca que apesar da boa notícia, o momento não permite definições. “É uma alegria muito grande saber que existe a possibilidade de termos todos os adultos vacinados até setembro. Estávamos precisando de notícias assim. No entanto, esse é um processo que a gente vai ter que acompanhar de perto para saber se as vacinas vão chegar realmente para se cumprir esse calendário, acompanhar os níveis de contágio, taxa de ocupação de leitos para só depois sentar com os órgãos para ver se poderia ser feito. É cedo para dizer se vai ter ou não, mas é uma luz no fim do túnel”, conta Azevedo.
O produtor afirma que mesmo em caso de negativa para os eventos com público até dezembro, o ano de 2022 surge como promissor para o setor. “A maior alegria que a gente tem é de que se não voltar neste ano, a gente já vislumbra um 2022 com os eventos acontecendo. Por si só isso já é muito animador. Acredito que a gente possa ter um ‘boom’ de eventos em 2022 por causa da demanda reprimida, que é muito grande. A gente tem até essa cobrança do público do Mada, por dois festivais no ano para compensar esse período e existe sim essa possibilidade”, diz Jomardo Azevedo.
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