As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Rio Grande do Norte serão obrigadas a manter em seus quadros técnicos a presença de um profissional fisioterapeuta e regime de 24 horas a partir de 17 de julho. A medida torna obrigatória a presença ininterrupta em hospitais e clínicas públicas ou privadas ao longo das 24 horas do dia.
Os fisioterapeutas potiguares, agora, são defendidos com a publicação da Lei nº 10.935/21, publicada em 17 de junho deste ano. As unidades de saúde potiguares terão 30 dias para se adequarem às exigências da nova legislação. Esse é o prazo, previsto no próprio texto legal, para que a população do Rio Grande do Norte passe a se beneficiar dessa vitória.
A presença de um profissional durante 24 horas na UTI é benéfica tanto para o paciente como para a unidade hospitalar. O coordenador da Associação Brasileira de Ensino Em Fisioterapia (Abenfisio), Jonilson Júnior, cita um estudo do Hospital Johns Hopkins em que podem ser apontados os benefícios um fisioterapeuta 24 horas em uma UTI.
“Um estudo do Hospital John Hopkins analisou 900 casos de pessoas internadas em UTI. Ele observou a redução da gravidade quando se implementava um programa chamado de “reabilitação precoce em UTI”, que conta com a presença do fisioterapeuta 24 horas. O estudo apontou ainda a diminuição de custos. Por maior que seja o investimento em contratação de profissionais, a diminuição dos gastos existe porque você reduz a gravidade do paciente e consequentemente a permanência dele na UTI, e isso gera uma economia”, diz Jonilson Júnior, fisioterapeuta que atuou nos estudos para elaboração da lei.
A aprovação da lei no Rio Grande do Norte, além da mobilização dos fisioterapeutas em terapia intensiva, segue o mesmo modelo de leis que já estão em vigor nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio de Janeiro.
“Conseguimos aprovar esse projeto que tanto valoriza o profissional de fisioterapia, assim como, garantir nas UTIs do estado a presença deles, principalmente nesse momento da pandemia de COVID. Fico feliz que nosso mandato tenha conseguido atender esse pleito da categoria”, disse o deputado George Soares, propositor da lei.
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