Cotidiano

Unesco coloca UFRN em grupo seleto na inovação tecnológica do país

UFRN aparece no seleto grupo de instituições com maior número de depósitos de patente entre os anos de 2013 e 2018, ao lado de Unicamp, USP, UFPE e UFPR

por: NOVO Notícias

Publicado 14 de junho de 2021 às 16:03

Reitoria da UFRN

Prédio da Reitoria da UFRN – Foto: Cícero Oliveira/UFRN

A Unesco lançou mundialmente na última sexta-feira, 11, o Relatório de Ciência da Unesco 2021, cujo título é “A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente: visão geral e cenário brasileiro”. No documento, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aparece no seleto grupo de instituições com maior número de depósitos de patente entre os anos de 2013 e 2018, ao lado de Unicamp, USP, UFPE e UFPR.

Publicado a cada cinco anos, o relatório fornece uma visão geral da ciência e da política científica. Nele, a Unesco reconhece que os centros de inovação tecnológica dentro das universidades têm prosperado no país, principalmente no que diz respeito ao depósito de patentes, à colaboração com a indústria e à incubação de startups inovadoras.

Os itens “polos de inovação tecnológica: história de sucesso para as universidades” e “tendências de publicações científicas” circunstanciam bem esse aspecto.

No documento, inteligência artificial e robótica são campos particularmente dinâmicos, com quase 150 mil artigos publicados sobre esses assuntos apenas em 2019. A pesquisa em inteligência artificial (IA) e robótica cresceu em países de renda média baixa, que contribuíram com 25,3% das publicações neste campo em 2019, em comparação com apenas 12,8% em 2015. Nos últimos cinco anos, mais de 30 países adotaram estratégias específicas, entre elas China, Federação Russa, Estados Unidos da América, Índia, Maurício e Vietnã.

O relatório da Unesco registra ainda que as prioridades de desenvolvimento foram alinhadas nos últimos cinco anos, e agora países de todos os níveis de renda realçam a transição para economias digitais e verdes. Para acelerar esse processo, os governos estão usando ferramentas de políticas para facilitar a transferência de tecnologia para a indústria. A instituição identifica ainda que a pandemia da COVID-19 dinamizou os sistemas de produção de conhecimento.

UFRN em rankings

Esta não é a primeira vez que a UFRN alcança protagonismo em rankings para inovação de instituições oficiais. No Ranking 2020 do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), a UFRN foi top 15 nacional em depositantes de patente com os números relativos ao ano de 2019.

Em 2020, mesmo com a pandemia, a Universidade Federal alcançou números anuais inéditos relativos à propriedade intelectual. De acordo com levantamento anual realizado pela Agência de Inovação (AGIR), os números de programas de computador registrados e os pedidos de patente depositados, respectivamente 58 e 33, nunca haviam sido alcançados antes pela Instituição.

Curiosamente, os melhores números nestes aspectos foram ambos em 2019. Os dados trazem a expectativa de atingir o topo do país na próxima edição do ranking em relação aos registros de computador, além de melhorar significativamente a posição nacional no ranking de depositantes.

WEBINAR

O lançamento do relatório contou com uma webinar, onde, dentre os palestrantes, estava o acadêmico Hernan Chaimovich. Assista aqui a transmissão (https://www.youtube.com/watch?v=7PsZekRj3yQ). Na oportunidade, foram apresentados alguns destaques, dentre os quais enumerar alguns dos esforços globais em busca de novos paradigmas de desenvolvimento sustentável baseados na inovação, na economia digital e em energias renováveis. O Relatório também discorre sobre o recente impacto da pandemia de Covid-19 e a importância da cooperação internacional para seu enfrentamento, além de apresentar avanços, desafios e tendências em investimento em pesquisa e desenvolvimento nos últimos anos no Brasil.

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