O potencial turístico do Rio Grande do Norte é um dos maiores do país, no entanto o setor sofre com perdas econômicas há mais de um ano em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Para mitigar os efeitos devastadores que afetam o turismo no Estado, não restou outra alternativa ao poder público a não ser cair em campo e agir para não deixar uma dos setores mais lucrativos do Estado à míngua.
O impacto causado não se resume à diminuição de turistas no RN. Também causou, ao longo dos meses, a redução de inúmeros postos de trabalho. Entre empregos diretos, indiretos e terceirizados, o Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares estima que 70 a 80 mil pessoas ficaram sem trabalho por causa da pandemia.
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Decretos de restrição econômica têm impacto direto em estabelecimentos comerciais, inclusive bares e restaurantes, além de serem responsáveis pela diminuição do número de turistas no Estado, o que também influi na taxa de ocupação de hotéis e pousadas.
Abdon Gosson, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), lamenta os efeitos negativos que as ações de combate à Covid-19 sejam tão prejudiciais para o setor.
“Como o nosso Estado é um lugar onde o turismo é uma grande indústria geradora de emprego e renda, então obviamente fomos fortemente atingidos. Os hotéis fecharam as portas, mas não foram obrigados por lei ou por lockdown nenhum. Foi porque simplesmente desapareceram os turistas e corporativos. Não tinha ninguém nos hotéis”, diz Abdon Gosson.
O setor é conhecido como indústria do turismo e não é à toa. Com o pleno funcionamento dos aparelhos turísticos, ele é responsável pela geração de mais de 120 mil empregos diretos. Com a baixa procura dos serviços em decorrência da pandemia, a maioria dessas pessoas estão hoje sem trabalho algum.
A ABIH-RN aponta que os hotéis estão funcionando hoje com uma taxa média de ocupação considerada insuficiente para cobrir os custos operacionais, e isso é o principal motivo do fechamento de várias unidades no Estado. São aproximadamente 52 mil leitos na rede hoteleira do RN.
“Hoje, para o hotel pagar seus custos, ele precisa ter uma ocupação de 45 a 50%, mas a média está ficando entre 30 e 40%, não passa disso. Ou seja, os hotéis estão trabalhando no vermelho. Ainda falta muita coisa para melhorar e pelo menos sair do vermelho para o amarelo, não é nem para o verde”, diz Abdon Gosson, presidente da ABIH-RN.
Os números de hoje já refletem uma melhora do setor, que entre fevereiro e abril registrava ocupação média de 10 a 20%, números muito distantes da média alcançada antes da pandemia que era de 50 a 60% na baixa estação e de 80% na alta.
Para tentar diminuir o efeito negativo da crise causada pela pandemia, o Governo do Rio Grande do Norte ofertou medidas de socorro àqueles que dependem do setor. O Secretário Estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, conta que o Estado olha com cuidado para as atividades turísticas. “O Governo do RN trata o turismo como prioridade desde que a Governadora Fátima Bezerra assumiu a gestão estadual, no entanto é preciso entender que a pandemia em todo mundo atinge este setor de forma brutal”, disse o secretário Carlos Xavier.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, ainda é possível encontrar muita gente que aterrissa no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves para aproveitar o que o Rio Grande do Norte tem a oferecer em termos turísticos. Não é difícil esbarrar com algum visitante na Praia de Ponta Negra, principal cartão postal da capital potiguar, como o casal catarinense Rodrigo Oliveira e Karina Pereira. Eles vieram de Florianópolis para curtir as férias no RN, e mesmo ainda estando no começo da estadia, já estão aprovando tudo o que viram e estão ansiosos pelo que vão usufruir nos próximos dias.
“Estamos gostando muito. É um pouco diferente do Sul do país, principalmente de Florianópolis, que como aqui é capital, mas Natal tem um diferencial: a orla marítima daqui é muito gostosa de estar”, diz Rodrigo Oliveira.
O casal chegou na terça-feira (8) em Natal, e já aproveitou muito da capital e de passeios que os levaram a outras maravilhas locais, como a praia de Pipa, na cidade de Tibau do Sul, onde eles foram nesta sexta-feira (11).
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