Eventos corporativos têm impulsionado a cadeia turística do Rio Grande do Norte nos últimos anos. Exemplo disso é o Fórum Negócios 2023, que atrai milhares de pessoas a Natal para discutir e aprender sobre empreendedorismo
Publicado 1 de dezembro de 2023 às 11:47
Durante dois dias, a capital potiguar Natal vai se transformar em um dos maiores palcos do empreendedorismo do Brasil. A cidade recebe até esta sexta-feira (1°) mais de 5 mil pessoas com propósito em comum: discutir negócios e gerar conexões. O Fórum de Negócios 2023 será realizado no Centro de Convenções, na Via Costeira. O evento fortalece o Rio Grande do Norte como um dos principais polos do turismo corporativo no país.
“A nossa ideia é promover além do turismo, conexões e permitir que pessoas do Brasil inteiro se encontrem em um espaço amplo para discutir empreendedorismo. O Fórum de Negócios está consolidado no calendário nacional de encontros e atrai milhares de interessados em crescer. Hoje, cerca de 70% do nosso público não é de Natal, o que faz com que a economia também acabe sendo beneficiada. O objetivo é expandir o turismo de negócios e fazer o nosso estado um polo desse segmento”, afirmou Jean Valério, CEO do Fórum de Negócios.
Segundo dados da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), este tipo de evento registrou em agosto um faturamento de R$ 1,250 bilhão, um aumento de 21,7% em relação ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia da Covid-19, quando alcançou R$ 1,027 bilhão.
Assim como o evento que já acontece há cinco anos, outras programações movimentam o estado além da alta temporada. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira no Rio Grande do Norte (ABIH/RN), Abdon Gosson, essa modalidade de evento permite que o volume de turistas no estado aumente durante todo o ano.
“O turismo de eventos é muito importante, ainda mais para um destino turístico como Natal. Ele ajuda no período que chamamos de baixa estação. Durante os próximos dias, a cidade está lotada, mas depois do carnaval, chega a diminuir a movimentação, então, é nesse período que esse segmento ajuda o setor a ficar aquecido, o que gera emprego e renda aqui no nosso estado”, destacou o presidente da ABIH/RN.
De acordo com Abdon, esse perfil de turista tem papel importante também na economia local. E a manutenção desses eventos no calendário do estado faz total diferença para o setor. “O turista de evento, por outro lado, deixa o dobro de dinheiro no nosso destino, do que turista de lazer, ele gasta muito mais. Então, isso é muito importante. Se tivermos durante o ano inteiro, no nosso período de baixa e média estação, grandes eventos que possam deixar a cidade cheia, isso fará com que o setor de turismo se mantenha bem durante o ano todo”, destacou Gosson.
Solange Portela, atual secretária de Turismo do Rio Grande do Norte, enumerou alguns fatores que destacam o estado quando o assunto é eventos. Para a titular da pasta, a boa localização e proximidade com redes de serviços do setor fazem a diferença. “Os eventos corporativos contribuem bastante para que o nosso setor de turismo permaneça aquecido. Um dos nossos destaques aqui no estado é a localização do Centro de Convenções, quando comparamos a estados vizinhos. Temos uma vista privilegiada do Morro do Careca e também a proximidade do corredor turístico que são os meios de hospedagem e restaurantes”, afirmou a secretária estadual do Turismo.
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH/RN) mostra que a rede hoteleira vai atingir uma ocupação média acima de 70% no período do Carnatal. A festa é considerada uma das maiores micaretas do Brasil.
Segundo o presidente da ABIH-RN, Abdon Gosson, o momento marca também a chegada da alta estação.
“A perspectiva para o Carnatal é muito boa. A gente espera uma ocupação média de 70% ou mais, quem sabe ultrapassar os 80%. Isso significa dizer que muitos hotéis estarão com 100% e outros um pouco menos. O Carnatal, tradicionalmente já é conhecido no turismo como o início da nossa alta estação. A partir dele vamos ter a época do Natal, Réveillon e assim por diante, chegará o verão”, afirmou.
Os números se assemelham a 2022, quando no mesmo período os hotéis atingiram uma ocupação média de 80%. Este ano, a micareta acontece entre os dias entre 8 e 10 de dezembro, reunindo 20 grandes atrações na Arena das Dunas.
A abertura de empregos temporários em setores ligados ao turismo deve marcar o fim de ano no Brasil. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indicam que uma em cada três vagas criadas sejam nos segmentos de hospedagem, restaurantes e transportes, um total de 80 mil novos postos de trabalho.
Inserindo o comércio, a expectativa é chegar a 262 mil vagas nesse período, uma alta de 8,14% na comparação com o mesmo período de 2022 e o melhor número desde 2014 (299.7 mil). Nessa perspectiva, São Paulo lidera as projeções, tendo estimativa de 81 mil postos. Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro vêm na sequência (30 mil, 20 mil e 16 mil empregos, respectivamente).
Apenas no período do Natal, são previstas 108,5 mil contratações temporárias, maior número desde igual época de 2013 (115,5 mil). Os dados consideram aspectos sazonais de admissões e desligamentos do comércio, registrados por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
O ministro do Turismo, Celso Sabino, avalia que o panorama reflete as ações de incentivo ao desenvolvimento econômico implantadas neste ano pelo governo federal. “Vários indicadores confirmam o forte desempenho do turismo, com dados extremamente positivos de faturamento e de empregos. Este cenário evidencia o enorme potencial do turismo, que pode contribuir ainda mais com o desenvolvimento econômico e sustentável do nosso país”, sublinha.
Outro motivo de otimismo se refere à tendência de efetivação de empregos temporários. Segundo a CNC, a expectativa dos empresários é positiva, com a previsão de que 12% das vagas provisórias se tornem permanentes no início de 2024. A faixa etária de 18 a 24 anos lidera a busca por oportunidades de trabalho, seguida da parcela entre 30 e 39 anos de idade. Já o salário médio deve atingir cerca de R$ 1,8 mil, um aumento de 6,1% em relação ao ano passado.
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