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TSE nega pedido de Alckmin para remover vídeos dele criticando Lula da campanha de Bolsonaro

A ministra Maria Claudia Bucchianeri alegou que não existe irregularidade eleitoral no uso de vídeos

por: NOVO Notícias

Publicado 17 de setembro de 2022 às 08:18

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou um pedido do candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, para que sejam removidos da campanha do presidente Jair Bolsonaro vídeos gravados em 2018 nos quais Alckmin critica Lula. O vice da chapa petista contestou o uso das declarações dadas por ele que incluem acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu atual aliado. No pedido, Alckmin afirma que os vídeos foram retirados de contexto, já que as declarações foram usadas na campanha de 2018, quando ele e Lula eram oponentes.

Os trechos usados pela campanha de Bolsonaro reproduzem críticas ao petista. “Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ele quer voltar à cena do crime”, diz Alckmin em um dos trechos usados. Em outro vídeo, Lula é acusado de corrupção. “Está também em suas mãos evitar que a corrupção e a roubalheira voltem a comandar o país.” Em seguida, a mensagem eleitoral finaliza: “Se até o vice do Lula pensa assim, como é que eu vou confiar nele?”.

Para a ministra Maria Claudia Bucchianeri, não existe irregularidade eleitoral no uso de vídeos, mesmo que sejam de períodos anteriores, pois eles reproduzem determinada realidade. Ela cita uma decisão da ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), que avaliou que “o vídeo revela o retrato de um instante sem que esse instante, todavia, assim retratado, implique distorção da realidade”. A decisão da magistrada é temporária e vale até que o caso seja julgado pelo plenário da Corte.

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