O juiz Inácio André de Oliveira, da Central de Apoio à Execução (Caex) do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-21), suspendeu a penhora do estádio Maria Lamas Farache, o Frasqueirão, de propriedade do ABC, após o clube apresentar à justiça um plano de pagamento de dívidas trabalhistas com ex-atletas e funcionários.
O imóvel foi penhorado pela justiça do trabalho no início deste mês por falta de pagamento do acordo feito no âmbito do processo. A penhora do principal ativo financeiro do ABC é condicionada à inadimplência, e é suspenso caso as parcelas sejam honradas. Para manter o Frasqueirão longe da disputa judicial, o clube apresentou o plano de pagamentos da dívida para 2025, que foi aprovado em decisão proferida na manhã desta sexta-feira (31).
O novo acordo é semelhante ao que vigorou durante o último ano. Para pagamento da dívida, parte da renda do ABC é destinada a uma conta judicial.
“A proposta contempla a continuidade do pagamento de 100% das rendas do Timemania em favor da presente execução, bem como 20% de todos os repasses da CBF para o clube executado em 2025”, diz trecho de despacho explicando como o clube vai honrar o compromisso processual.
Além dessas opções, ABC apresentou uma terceira fonte de execução da dívida, que também foi utilizada em 2024, mas que não se mostrou exitosa: a comercialização de camarotes. Contudo, o ABC apresentou à justiça uma carta de intenção da empresa FutebolCard, que pretende adquirir os direitos de comercialização dos camarotes do estádio Frasqueirão, com antecipação de valores futuros, e isso traz, de acordo com o magistrado, “maior plausibilidade para a iniciativa.”.
Em decorrência da frustração que dessa opção em 2024, o juiz Inacio André de Oliveira deu prazo até 30 de abril para o ABC concluir a negociação dos camarotes, inclusive para o depósito do valor integral da comercialização dos camarotes em conta judicial. Caso não seja cumprida esta fase do negócio, o estádio Frasqueirão voltará a ser penhorado.
Apesar do plano de pagamento aprovado, o magistrado destacou que os valores oferecidos são insuficientes para a quitação integral da dívida. Ele diz que o valor é razoável, mas pontua para a possibilidade de novos credores serem habilitados ao longo do ano, o que tornaria o débito ainda maior.
Por isso, o documento também determinou que Núcleo de Pesquisa Patrimonial do TRT-21 investigue a existência de outros imóveis em nome do ABC e a respectiva indisponibilidade deles, medida que visa garantir o direito dos credores.
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