Depois de uma temporada de 26 anos vivendo em Portugal, o artista plástico natalense, Jayr Peny, volta a expor em terras potiguares. Ele segue com a exposição “Mergulho Profundo: uma imersão de formas e cores ao voltar para casa”, até o dia 28 de setembro, na Galeria Iguales, às terças e sábados das 10h às 15h e de quarta a sexta das 10h às 22h. A entrada é gratuita.
Jayr Peny considera essa exposição a mais completa e representativa de sua arte já realizada na Iguales. Essa é a terceira vez que ele expõe na galeria em seis anos. Ele promete surpresas e suspiros ao público potiguar. Para o artista, ela marca um novo ponto de partida e reafirma a relação fecunda entre pintor e galeria. “O requinte do espaço se encaixa como uma luva com o conjunto das dessas novas obras que estou desenvolvendo.”
Os anos vividos na Europa influenciaram Peny na vida e na arte. “Quando fui para Portugal corria o ano de 1995 do século passado. Não fazia a mínima ideia o quanto o meu trabalho iria absorver do modo de ser dos portugueses e da sua não menos rica cultura. Deixei que ocorresse naturalmente e incorporei vários temas locais como “O Fado”, “As Varinas”, “Os Marnotos” no meu trabalho.
Jayr Peny se considera um “figurativista remanescente”, ao longo de sua carreira já realizou 44 exposições individuais em Portugal, Brasil, França e Estados Unidos. Confira a entrevista:
ENTREVISTA / JAYR PENY, artista plástico
– A exposição está sendo montada com séries diferentes dos seus trabalhos. Existe uma conexão entre elas?
Existe sim, principalmente a série “Psicodélica”, que foi iniciada há de mais de vinte anos e que retomo o trabalho nela agora com toda força para essa exposição. Todas as séries têm um fio condutor, um denominador comum entre elas, que é o meu DNA preponderante em todo meu trabalho. Não consigo fugir de mim mesmo, seja trabalhando numa série que beira o abstracionismo ou numa outra bem figurativa. A minha assinatura estará lá. Essa é a mágica!
– Dentro do universo surrealista, você voltou a desenvolver trabalhos com a técnica frottage. De onde veio esse desejo e o que você quer mostrar?
Os trabalhos da séria “Psicodélica”, onde uso vários recursos, entre eles frottage, foram retomados depois de quase vinte anos desde a sua criação. Senti esse desejo de retomar os trabalhos nela depois que um pano ficou preso na surpefície de uma das minhas telas inacabadas. Quando retirei o trapo de cima, as nervuras imprimiram na superfície da tela um rosto… incrível!! Chamei isso na altura de ‘pintura instantânea’ e de ‘despintura’, porque em vez de colocar tinta na tela, retira-se camadas de tinta dela. O resultado final é sempre uma fatástica-surrealpsicodélica surpresa. Apresento quatro novos trabalhos dessa série na exposição.
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