Cotidiano

Terceirizados da saúde farão paralisação nesta terça-feira em hospitais estaduais

Por conta do protesto, será prejudicada a oferta de alimentação para acompanhantes de pacientes e funcionários dos hospitais

por: NOVO Notícias

Publicado 9 de novembro de 2021 às 06:44

Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel – Foto: Divulgação

Profissionais de empresas terceirizadas que prestam serviços em hospitais da rede estadual de saúde pública farão uma paralisação de advertência nesta terça-feira (9) para protestar contra o atraso no pagamento de salários. De acordo com o sindicato da categoria (Sindhoteleiros), a manifestação vai durar cerca de 2 horas.

Com a paralisação dos terceirizados, será prejudicada a oferta de alimentação para acompanhantes de pacientes e funcionários dos hospitais. Vão cruzar os braços cozinheiros, copeiros e auxiliares de cozinha – todos empregados da JMT, contratada pelo Governo do Estado para fornecer mão de obra.

A paralisação deve acontecer no Hospital Walfredo Gurgel, o maior do Estado, e também no Maria Alice Fernandes e no João Machado – todos em Natal. Ele fala que a adesão maior à manifestação esbarra em ameaças de corte do ponto.

De acordo com Sandoval Lopes, presidente do Sindhoteleiros, a categoria cobra o pagamento dos salários de outubro. “Fazemos logo a pressão porque, se não paralisar, não sai”. “Não tem condições. Como os trabalhadores vão pagar as suas contas?”, afirmou em entrevista a rádio 98 FM.

O sindicalista afirmou que tem informações de que a empresa não recebe pagamentos do Governo do Estado desde agosto. Segundo ele, normalmente o débito sempre fica em torno de três meses. Ele reconhece que a empresa pode eventualmente não apresentar as documentações com as quais o pagamento é liberado, mas que a empresa encontra dificuldades de regularizar a situação já que o Estado não paga em dia.

Sandoval Lopes acrescenta que os trabalhadores são submetidos a más condições de trabalho. “Falta estrutura dentro dos hospitais, principalmente do Estado. A gente vem há uns seis meses com essa dúvida se vai receber salário ou não. Às vezes nem EPI (equipamento de proteção individual) tem. O trabalhador fica nesse sofrimento”, destaca.

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