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Terceirização de colaboradores permite que empresários foquem no essencial

Brenda Justiz, CEO do Grupo Justiz, conversou com o NOVO sobre a atuação de suas empresas e sobre liderança feminina de alta performance

por: NOVO Notícias

Publicado 15 de maio de 2023 às 16:00

Brenda Justiz, CEO do Grupo Justiz – Foto: Reprodução/Novo Notícias

Facilitar a vida do empresário. Foi esse o objetivo da empreendedora Brenda Justiz ao criar, há 19 anos, a Justiz Terceirização – uma empresa de terceirização de colaboradores, que se consolidou no mercado potiguar e já se expandiu para outros estados do país. Hoje, Brenda é CEO do Grupo Justiz, que, além da empresa inicial, já conta com outras três. O NOVO bateu um papo com a empreendedora sobre essas empresas e sobre a liderança feminina de alta performance. Confira:

NOVO – Quais são as empresas que o Grupo Justiz administra e quais os segmentos de atuação?

Brenda Justiz – O nosso ponto forte é a terceirização de mão de obra. Nós temos a Justiz, que abarca todas as funções de mercado: ASG, jardineiro, copeiro, engenheiro, arquiteto, advogado, jornalista, médico, enfermeiro etc; temos a Group Med Brasil, que é específica para área de saúde, então terceirizamos nela tudo que tem a ver com a saúde; a Everybody Terceirização, que é um modelo parecido com o da Justiz, porém mais focado no mercado privado; e a RJ3, que é uma distribuidora de medicamentos.

N – Como é liderar uma companhia de múltiplas funções?

BJ – É desafiador, porque a gente tem dois meios: o nosso cliente, que é o empresário que precisa focar no seu negócio e precisamos ajudá-lo, o deixando livre de preocupações com mão de obra, tornando o negócio dele mais enxuto, mais barato, e fazendo com que ele tenha opções de competitividade, tanto de tempo quanto financeira; e a nossa mão de obra, que temos que qualificar, acolher, deixar o profissional pronto e seguro para qualquer contratação que ele venha a ser escalado para trabalhar.

N – As empresas, principalmente as médias e grandes, muitas vezes precisam ampliar o seu quadro de colaboradores em funções específicas, como de copeira, vigia, motorista etc. Qual a vantagem de terceirizar esses serviços ao invés de contratar esse funcionário para o seu quadro próprio?

BJ – Com certeza, o principal ponto é a segurança jurídica, porque qualquer evento trabalhista fica a cargo e responsabilidade da nossa empresa; a capacitação do profissional, pois fazemos uma seleção para o perfil do cliente; a substituição sem custo para a empresa caso algum profissional adoeça; e a facilitação [da gestão de pessoas] para que o empresário foque em suas metas.

N – Duas das quatro empresas do Grupo são voltadas especificamente para a área da saúde. Isso significa que o propósito de vocês é mais ligado a esse segmento?

BJ – A saúde, hoje, é um nicho de mercado forte, porque as pessoas tendem a adoecer mais. E aí falta mão de obra de serviços, porque o funcionário adoece mais, apresenta mais atestados, se afasta mais por doenças, e então entramos com a solução de substituição. A população está mais doente. E isso requer mais profissionais capacitados e aptos a atender [as empresas].

N – E vocês também estão entrando no mercado privado, não é?

BJ – Isso. A gente já tem vários contratos com o setor privado. Hospitais, clínicas, escritórios de advocacia, salões, lojas de carro… várias empresas. E o interessante é que a gente capacita o profissional e deixa ele pronto até o máximo de exigência do nosso cliente. Então o cliente diz: “Ah, eu quero um funcionário que tenha habilidades em informática, em vendas, ou em ser organizado”, aí nós compilamos a necessidade daquela vaga e entregamos o profissional pronto.

N – Falando mais sobre você… como começou a sua atuação como empreendedora? Você teve uma história profissional antes do empreendedorismo?

BJ – Eu comecei muito nova, como professora, e tive a escola do professor Paulo de Paula. Eu comecei a coordenar o curso de Enfermagem da UnP, fiquei lá por 13 ou 14 anos, e lá eu aprendi a fazer gestão, comércio e ter uma visão empresarial. Foi uma escola. Aí, enquanto eu estava lá, eu era funcionária. Então, eu tinha a segurança que o funcionário tem. A vida do empreendedor é diferente. Quando eu fui empreender, há 19 anos, certamente o que eu mais sentia dificuldade era na falta de segurança. Porque o empresário tem hoje, mas não sabe se tem amanhã, e enfrenta diariamente os percalços do empreendedorismo no Brasil. Sendo mulher, isso se torna duplicado. Se você pensar, há 100 anos as mulheres não votavam. Há 50, as mulheres tinham que pedir ‘licença’ aos esposos para ir trabalhar. Então, o mundo empresarial é, na sua maioria, masculino. Ser uma mulher empreendedora num mundo masculino não é fácil. É um desafio.

N – Olhando de fora, dá para ver que vocês têm um trabalho especial na gestão dos times. Conta um pouco como vocês tratam os colaboradores.

BJ – Nós temos uma política interna em que nossas gerentes são 100% mulheres. Elas são mais organizadas, mais comprometidas, vestem a camisa e acolhem a empresa como parte delas. Além disso, elas têm a delicadeza do acolhimento com o colaborador e a gentileza com o cliente. Isso tem trazido, para nós, um retorno de crescimento empresarial.

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