Justiça

STJ manda aprofundar a investigação sobre compra no Consórcio Nordeste

Entre os pedidos do magistrado estão “a realização de buscas e apreensões de documentos, equipamentos e valores em desfavor de diversos investigados em inquérito que tramita sob sigilo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em desdobramento da Operação Ragnarok”, explicou a Corte em nota

por: NOVO Notícias

Publicado 27 de abril de 2022 às 08:43

Foto: Carlos Moura/Ascom/ STJ

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Og Fernandes determinou nesta terça-feira (26) que seja aprofundada a investigação sobre os supostos desvios na compra de ventiladores pulmonares pelo Consórcio Nordeste na fase do pico inicial da pandemia da covid-19 no Brasil. A ação da Corte ocorre após ser deflagrada uma operação da PF (Polícia Federal) para investigar as possíveis irregularidades.

Entre os pedidos do magistrado estão “a realização de buscas e apreensões de documentos, equipamentos e valores em desfavor de diversos investigados em inquérito que tramita sob sigilo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em desdobramento da Operação Ragnarok”, explicou a Corte em nota.

Fernandes ainda solicitou informações públicas envolvendo autoridades do estado da Bahia e permitiu que os dados obtidos através dessas medidas da Corte sejam compartilhados com a CGU (Controladoria-Geral da União).

A operação da PF realizada, que recebeu o nome de Cianose, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia e no Distrito Federal. Todos eles foram expedidos pelo STJ e as buscas também contaram com a participação de auditores da CGU.

De acordo com a PF, o processo de aquisição que se seguiu contou com diversas irregularidades, como o pagamento antecipado de seu valor integral, sem que houvesse no contrato qualquer garantia contra eventual inadimplência por parte da contratada. Ao fim do processo, a PF diz que nenhum respirador foi entregue.

Segundo o ministro do STJ, a sua decisão de aprofundar a investigação é necessária para proteger as provas do caso, já que os supostos envolvidos nos desvios têm conhecimentos jurídicos, incluindo a lavagem de dinheiro e bens, ações que já apontam para a ocultação de informações essenciais ao processo.

 

 

 

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