Gilmar Mendes, do STF, propôs a criação de uma plataforma nacional para centralizar pedidos de medicamentos de alto custo. Foto: Antonio Augusto/STF

Gilmar Mendes, do STF, propôs a criação de uma plataforma nacional para centralizar pedidos de medicamentos de alto custo. Foto: Antonio Augusto/STF

Brasil

Saúde STF forma maioria sobre fornecimento de medicamentos não listados pelo SUS

Esse acordo visa padronizar a distribuição de medicamentos e esclarecer as responsabilidades de União, Estados e municípios

por: Beatriz Capirazi, da Agência Estado

Publicado 10 de setembro de 2024 às 18:30

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para estabelecer regras sobre o fornecimento de medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas não incluídos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Flávio Dino votaram com o relator, ministro Gilmar Mendes. O julgamento, de repercussão geral, deve concluir sobre a decisão na sexta-feira (13).

Inicialmente, o foco era em medicamentos de alto custo, mas a discussão no STF se expandiu para incluir todos os remédios fora da lista do SUS.

Gilmar Mendes propôs no STF um acordo, elaborado por uma comissão especial, que inclui a criação de uma plataforma nacional para centralizar pedidos de medicamentos, visando melhorar a gestão e o acompanhamento dessas solicitações.

Esse acordo visa padronizar a distribuição de medicamentos e esclarecer as responsabilidades de União, Estados e municípios, além de critérios para definir qual instância da Justiça deve julgar as demandas, limites para os preços dos medicamentos fornecidos por via judicial e compensações financeiras para entes que pagarem por tratamentos não previstos.

Assim, quando as demandas forem apresentadas à Justiça estadual ou federal, o juiz deverá analisar a justificativa da administração pública para a negativa do fornecimento. Para medicamentos não incluídos no SUS, será necessária comprovação científica de eficácia.

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