Em um evento conservador em Washington, nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (4), que é “o ex mais amado do Brasil”. No discurso, proferido em português, Bolsonaro disse apenas “ex”, mas o intérprete que fazia a tradução simultânea traduziu como “former president” (ex-presidente).
Bolsonaro discursou por cerca de 20 minutos no Conservative Political Action Conference (CPAC), evento promovido por conservadores norte-americanos. A principal atração da conferência é o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que discursa às 18h (no horário de Brasília). Bolsonaro disse ter tido relacionamento “simplesmente excepcional” com o ex-líder estadunidense. Na fala, o brasileiro focou em suas duas campanhas à Presidência da República do Brasil.
“Quase ninguém acreditava que eu poderia ter sucesso. Fomos crescendo, a esquerda viu que eu era o alvo difícil de ser abatido e um esquerdista, filiado a um partido de esquerda, PSol, deu uma facada em mim em setembro de 2018”, iniciou Bolsonaro, relembrando o atentado sofrido na campanha de 2018. “Com toda certeza, eu sou o ex mais amado do Brasil. Mesmo no leito de morte e muita fé, ganhamos as eleições”, prosseguiu.
Bolsonaro disse, ainda, que sente que a “missão” na Presidência da República ainda não terminou e levantou dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro de 2022. “Nesse momento, agradeço a Deus pela minha segunda vida. E também a Ele pela missão de ser presidente da República por um mandato. Mas eu sinto, lá no fundo, que essa missão ainda não acabou”.
Ao comentar o pleito em que saiu derrotado, Bolsonaro disse ter tido “muito mais apoio” em 2022 do que em 2018. “Não sei por que os números mostraram o contrário”, completou. Ele ainda ressaltou ter sido o último presidente a reconhecer a vitória de Joe Biden sobre Trump em 2020: “Eu fui o último presidente a reconhecer as eleições de há dois anos aqui nos Estados Unidos”.
Durante o discurso, ele ainda ressaltou marcas de sua gestão, associadas também aos republicanos dos EUA, como a ampliação do porte e da posse de armas de fogo. Ele ainda se colocou contrário ao que chamou de “sanha para regulamentar as mídias sociais”.
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