O Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral do RN (Sicramirn) expressou sua grande preocupação com a associação equivocada que tem sido feita entre a água comercializada pelos chafarizes e a água mineral. Segundo o sindicato, essa confusão está levando os consumidores ao engano, uma vez que a água vendida nos chafarizes não é mineral.
Além disso, o Sicramirn ressaltou a ausência de um monitoramento eficaz por parte dos órgãos de controle, tanto em relação à origem da água quanto aos protocolos de qualidade dos chafarizes. Essa falta de fiscalização adequada significa que, caso estejam dentro dos padrões de potabilidade, as águas dos chafarizes equivalem a uma água fornecida pelo SAAE, Caern ou por caminhões-pipa.
O sindicato também destacou que os chafarizes não estão autorizados a envasar garrafões de 20 e 10 litros, nem a utilizar as tampas exclusivas, de acordo com a legislação sanitária (Portaria Conjunta n.º 5 da Vigilância Sanitária Estadual e do IGARN).
A água mineral, por sua vez, é proveniente de fontes naturais e possui composição química ou propriedades físicas e físico-químicas distintas das águas comuns, o que lhe confere características medicamentosas. A água mineral não passa por tratamento químico e é extraída diretamente do subsolo, sendo submetida a rigorosos procedimentos de controle de qualidade realizados por órgãos públicos e pelas empresas.
O fornecimento de água para consumo humano sem procedência ou controle de qualidade adequados representa um risco para a saúde pública. Nesse sentido, o Sicramirn enfatizou a necessidade de as autoridades sanitárias implementarem medidas de controle mais rigorosas, fornecerem informações claras à população e orientarem sobre as práticas adequadas de comercialização. O objetivo dessas ações é preservar o bem-estar coletivo e garantir a saúde pública.
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