Desde 2014 foi criada a campanha ‘Setembro Amarelo’, uma parceria entre o Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
O objetivo é criar um período no ano em que a sociedade possa discutir, ter conhecimento sobre o tema e consiga alertar a população sobre a prevenção do ato.
Com o isolamento social ocasionado pela Covid-19, as pessoas foram obrigadas a encarar questões como incertezas socioeconômicas, desemprego e estresse social. Segundo a professora de Psicologia Clínica da UFRN, Elza Dutra, a pandemia ainda continua influenciando na incidência de transtornos da mente.
“Embora o suicídio tenha estado presente desde sempre na humanidade, é certo que a crise sanitária trouxe à tona sofrimentos psíquicos e favoreceu o aparecimento de sentimentos de medo, pavor e insegurança diante da vida e do futuro”, destaca a psicóloga.
O impacto dos números
O crescimento do número de casos de morte autoinfligida fez acender o alerta sobre a necessidade de se discutir a saúde mental. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) entre 2017 e 2020, houve um crescimento de 27% nos casos de suicídio no Rio Grande do Norte.
Ainda de acordo com a Sesap, no RN, entre janeiro e julho de 2021, foram contabilizados 112 casos de lesões autoprovocadas intencionalmente no estado. A média corresponde a 16 suicídios por mês neste ano.
Lesões autoprovocadas intencionalmente por ano:
Como encontrar ajuda
Fundado há 59 anos, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das ONGs que atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio de e-mail, telefone (188), chat ou pessoalmente.
No Rio Grande do Norte, o CVV funciona 24h e possui mais de 60 voluntários, entre os postos de Natal e Caicó. A ONG prevê ainda neste ano a criação de um posto em Mossoró.
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