Cigarros eletrônicos se tornam uma grande preocupação para autoridades sanitárias – Foto: Dayvissom Melo/NOVO Notícias
Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na década de 1980, o Dia Mundial sem Tabaco – celebrado em 31 de maio – pretende conscientizar e alertar a população sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo, e desta os riscos do cigarro eletrônico. Este ano com o tema “Precisamos de comida, não de tabaco”, a campanha chama a atenção para a sobrevivência humana e para os impactos negativos do tabaco para o meio ambiente.
No Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Núcleo de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Programa Estadual de Controle do Tabagismo e em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde que ofertam o tratamento, realizam ações de sensibilização para estimular o indivíduo fumante a parar de fumar.
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Em 2023, a Sesap escolheu enfocar o combate ao uso do cigarro eletrônico e convida a todos os gestores e profissionais de saúde a promoverem atividades de educação em saúde, mobilização e sensibilização alertando a população, principalmente crianças, adolescentes e jovens, sobre o cigarro eletrônico e seus riscos à saúde, destacando os benefícios ao parar de fumar e os malefícios causados pelo tabagismo em qualquer uma de suas formas.
“O cigarro eletrônico expõe o organismo a uma variedade de elementos químicos, entre eles a nicotina, que é o que causa a dependência. Foi criado como uma alternativa auxiliar ao cigarro tradicional, mas não é seguro e nem eficaz para ajudar a parar de fumar, sendo proibido no Brasil, pela Anvisa, desde 2009”, explicou Andréa Oliveira, técnica do Núcleo de Doenças Crônicas Não Transmissíveis.
No Brasil, segundo dados do Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária, 443 pessoas morrem a cada dia por causas relacionadas ao tabagismo. Significa que 161.853 mortes anuais poderiam ser evitadas. Os custos dos danos produzidos pelo cigarro no Sistema Único de Saúde e na economia representam aproximadamente R$125.148 bilhões. Quanto às mortes anuais atribuíveis ao tabagismo, 37.686 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179 à doenças cardíacas, 25.683 a outros cânceres, 24.443 ao câncer de pulmão, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao acidente vascular cerebral (AVC).
Tratamento
A Sesap, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, oferecem todo suporte às pessoas fumantes que desejam parar de fumar. O tratamento ao tabagista pode ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) não sendo necessário encaminhamento.
Atualmente existem unidades para tratamento em 58 municípios do Estado, distribuídos nas 8 Regiões de Saúde, incluindo Natal, Goianinha, Currais Novos, Mossoró, Pau dos Ferros, Macau e Caraúbas.
O paciente inicia o tratamento, através da abordagem comportamental e/ou a terapia de reposição de nicotina, sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta por médico, enfermeiro, assistente social, psicólogo, nutricionista, farmacêutico, educador físico e terapeuta ocupacional.
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