O saudoso senador potiguar Agenor Maria (1975-1983) eternizou a frase: “O Senado é o céu”. Uma cadeira no Senado Federal é o sonho de todo político. Além de oito anos de mandato, um senador goza de inúmeras regalias, como salário de mais de R$ 33 mil e vantagens quase vitalícias, como auxilio saúde. Para as eleições de 2022, só há uma vaga em disputa. E muitos pretendentes.
A semana que passou foi marcada pela deflagração pública de uma verdadeira corrida contra o tempo para a definição das chapas majoritárias das eleições de 2022 no Rio Grande do Norte. No preenchimento dos espaços, até o momento, nenhum partido se manifestou oficialmente candidatura ao Governo do RN, com exceção da governadora Fátima Bezerra (PT), que é candidata natural e vai pavimentando sua estrada à reeleição.
Há uma tendência do senador Jean Paul Prates (PT) compor chapa com Fátima postulando sua reeleição ao Senado. Mas, como a política não é matemática exata, especula-se que Fátima use a vaga do Senado para atrair um outro partido para a sua base. Na bolsa de apostas, em alta, pela ordem, o PDT com Carlos Eduardo Alves, o PMDB com Garibaldi Alves e o PSDB com o deputado Ezequiel Ferreira.
Apontados como principais nomes da oposição, os ministros Fábio Faria (PSD) e Rogério Marinho (sem partido) travam uma batalha interna. Só um será escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro como candidato ao Senado. Até agora, Rogério e Fábio só chegaram a um consenso: não querem ser candidato a governador. Além da preferência do clã Bolsonaro, eles tentam ampliar a popularidade no Estado. Nos últimos dez dias, os dois cumpriram agenda ministerial em solo potiguar realizando eventos, assinando obras e projetos.
Ministro das Comunicações, o deputado federal licenciado Fábio Faria exerce grande influência junto ao Governo Federal e vive o seu melhor momento político. Cumprindo agenda em Natal, em conversa com o NOVO NOTÍCIAS, exaltou as credenciais de Rogério Marinho empurrando-o para a vaga que ele não quer disputar: “Rogério Marinho é um bom nome para o Governo”.
Responsável pela articulação parlamentar de Bolsonaro com o Congresso e dono de um Ministério recheado de recursos, Rogério Marinho largou na frente na concorrência interna. Sua agenda ministerial é intensa e ele trabalha forte a liberação de recursos e emendas para pequenos municípios do Estado.
Correndo por fora, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo se coloca como opção ao Senado, mas não descarta disputar o Governo. Sem mandato, baixou o tom das críticas contra a governadora Fátima Bezerra, o que é visto como gesto para uma parceria futura. Carlos passou a criticar duramente o presidente Bolsonaro.
GOVERNO – Dois nomes que poderiam acirrar a disputa para o Governo do Estado seriam o do prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), que goza de boa avaliação popular, mas já descartou a possibilidade de candidatura. E o do senador Styvenson Valentin (Podemos), que não aparece bem nas pesquisas, porém está sendo estimulado por assessores a entrar na disputa.
VAGAS – Todas as 27 unidades da Federação (26 estados e o Distrito Federal) possuem a mesma representatividade, com três senadores cada uma. Os senadores representam os estados e não a população, daí portanto a não proporcionalidade em relação ao número de habitantes de cada estado.
REGALIAS – Além de receberem salário mensal de mais de R$ 33 mil, os senadores ainda têm despesas médicas e odontológicas para eles e as famílias. Podem viajar para qualquer parte do país sem desembolsar um centavo sob alegação que estão trabalhando. Também têm a moradia e os custos com o telefone subsidiados pelo Senado. Não há verba especial para gabinete, mas cada senador pode escolher até 11 pessoas para cargos comissionados.
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