Rodolitos despertaram atenção e levantaram questionamentos sobre impacto ambiental da engorda de Ponta Negra. Foto: Redes Sociais
Após o término dos serviços de aterramento hidráulico, a engorda da praia de Ponta Negra enfrenta desafios relacionados ao acúmulo de rodolitos e outros materiais calcários na faixa de areia. Em documento oficial, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) reconheceu esta semana que o material compromete a segurança dos banhistas, a acessibilidade e o aspecto paisagístico da praia.
A pasta municipal informou que os fragmentos calcários, de características rochosas e angulosas, têm causado cortes e lesões em quem utiliza a faixa de areia de Ponta Negra. A situação foi detalhada em um documento do dia 5 de fevereiro, no qual a Semurb abriu um processo para contratar uma empresa responsável pela limpeza mecanizada do local.
“Esse acúmulo de sedimentos tem comprometido a segurança dos banhistas, o aspecto paisagístico, a acessibilidade da área e até gerado ocorrências de cortes em crianças e adultos ao pisar nesses fragmentos, evidenciando um comprometimento da segurança dos banhistas durante seu banho de mar”, pontuou a Semurb no termo de referência para a contratação da empresa.
O processo de limpeza mecanizada, que será feito com dispensa de licitação, prevê a remoção mecanizada dos rodolitos e outros sedimentos. O objetivo é garantir a segurança dos banhistas, trabalhadores e visitantes, além de preservar as características originais da praia e sua atratividade turística. O valor de referência mínimo para o serviço foi definido em R$ 72.982,35.
Ainda segundo a Semurb, uma análise contratada pelo município apontou que a abordagem manual tem se mostrado ineficaz para lidar com o volume de material acumulado. “A contratação faz-se necessária devido à presença de rodolitos e materiais calcários na faixa de areia da Praia de Ponta Negra, resultantes do aterro hidráulico realizado na área”, justifica a Semurb.
As empresas interessadas podem apresentar propostas de forma eletrônica pelo Portal de Compras Públicas (www.portaldecompraspublicas.com.br) até o dia 11 de fevereiro de 2025.
Retirada do material
O termo de referência detalha que a limpeza mecanizada da praia deve utilizar uma máquina saneadora para remover resíduos sólidos, matéria orgânica e microdetritos da areia, filtrando e aerando o solo para melhorar a qualidade ambiental. Além disso, o equipamento deve coletar materiais calcários a até 20 cm de profundidade, armazenando-os para destinação adequada.
O serviço será realizado diariamente na área do aterro hidráulico da Praia de Ponta Negra, cobrindo 4,6 km, entre 18h e 5h, com máquina acoplada a trator e operada por profissional qualificado.
Segundo a Semurb, os resíduos coletados através dos serviços de limpeza e saneamento da faixa de areia da Praia de Ponta Negra deverão ser encaminhados para a estação de transbordo de Cidade Nova, na Zona Oeste da capital, e, posteriormente, transportados e dispostos em aterro sanitário adequado.
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