Fiscalização ambiental da Semurb em ação no bairro de Mãe Luiza – Foto: Divulgação/Semurb
A equipe de fiscalização ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) está atuando no monitoramento e combate a ligações clandestinas de efluentes domésticos, os esgotos irregulares, na rede pública de drenagem no bairro de Mãe Luiza, na zona Leste. Ao todo, foram 76 residências notificadas nas Ruas Guanabara, Atalaia, Saquarema e Camaragibe, bem como nas travessas e becos adjacentes a essas vias.
A primeira etapa da operação começou na última quarta-feira (19) e foi finalizada na sexta-feira (21). Nesta etapa, a fiscalização ambiental visitou quatro ruas no bairro para identificar e notificar os proprietários de imóveis, que faziam o descarte irregular de efluentes para a via pública.
Durante as vistorias, foram observados alguns problemas de operação nos sistemas da rede pública de drenagem de águas pluviais, operado pela Prefeitura e na Rede Pública de Coleta de Esgotos, operada pela CAERN. Entre eles ligações clandestinas de esgoto na drenagem, em face do desconhecimento da comunidade acerca da diferença e objetivo de cada uma das estruturas de saneamento.
“Alguns moradores relataram que fizeram por conta própria a ligação, e em muitos casos na rede de drenagem e não na rede de esgotos”, comenta o supervisor de fiscalização ambiental. Gustavo Szilagyi.
Também foi observado pelos fiscais que muitas das bocas de lobo, parte integrante do sistema público de drenagem, encontram-se sujas com lixo, o que pode resultar na obstrução do sistema durante as chuvas.
“Essa demanda será encaminhada para URBANA e SEINFRA para providências quanto à manutenção e limpeza da rede de drenagem do bairro. E por fim, na rede pública de coleta de esgotos, a principal observação foi a ocorrência de extravasamentos, resultado da falta de manutenção e entupimento da rede em pontos críticos”, acrescenta Szilagyi.
Foi dado prazo para que os moradores notificados busquem a Caern para regularizar a situação, sob pena de autuação e tamponamento das tubulações irregulares.
A ação resulta de um cumprimento à Ordem Judicial n° 0825478-21.2016.8.20.5001. A equipe é composta por 19 servidores da secretaria, sendo 12 fiscais ambientais, cinco agentes socioambientais e dois motoristas.
Educação ambiental na comunidade
A primeira etapa da operação começou com um trabalho de educação ambiental da Semurb na comunidade durante o mês de junho/julho, com a distribuição de material informativo digital, que contou com o apoio do Conselho Comunitário do bairro.
Nele, a população foi informada sobre quais os efeitos do mau uso da rede de esgotos e drenagem, bem como quais são os cuidados necessários para manter o bom funcionamento do sistema.
Entre os cuidados estão a construção da fossa séptica, caso não haja rede coletora, a importância de não fazer ligações clandestinas na rede de drenagem e ainda que o esgoto não é lixeira. Portanto, não se deve descartar nos ralos e pias: papel higiênico, absorventes, fraldas, remédios, plásticos, óleo de cozinha ou restos de alimento, por exemplo.
Com também sobre os problemas causados pelo mau uso dos sistemas como: o entupimento das bombas das lagoas de captação e dos bueiros, sujeiras chegando nas nossas praias e rios, contaminação do lençol freático e deslizamentos. Outro ponto levantado foi que o acúmulo de água servida nas ruas causa mau cheiro, atrai insetos e provoca doenças.
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