Atualmente, são 198 leitos críticos, com 81 ocupados, 99 disponíveis e 18 bloqueados. Comparativo com o mês de julho aponta uma diferença de 183 leitos a menos. Com todos os 381 leitos disponíveis três meses atrás, taxa de ocupação seria de apenas 21%
Publicado 8 de novembro de 2021 às 17:00
Reversão dos leitos se deu devido a melhora no cenário epidemiológico e vacinação – Foto: Arquivo/NOVO
A taxa de ocupação dos leitos críticos para a Covid no RN amanheceu em 45% nesta segunda-feira (8), com 81 leitos de UTI ocupados. Apesar do aumento na taxa de ocupação nos últimos dias, a reversão de leitos Covid para outras doenças pode explicar o crescimento na taxa de ocupação.
Atualmente, o estado possui 198 leitos críticos, com 81 ocupados, 99 disponíveis e 18 bloqueados. Em um comparativo com o mês de julho, época em que a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) iniciou o processo de transformação dos leitos para tratamentos de outras doenças nos hospitais do estado, há uma diferença de 183 leitos a menos. Os dados são da plataforma Regula RN, que monitora em tempo real a internação nos hospitais públicos do RN.
Taxa de ocupação dos leitos críticos por região – Dados: Regula/RN
Desta forma, o atual cenário epidemiológico do RN com todos os 381 leitos que tínhamos disponíveis três meses atrás, apresentaria uma taxa de ocupação de apenas 21%, registrando assim a menor ocupação desde o início da pandemia. A menor taxa até então foi no dia 2 de outubro, há cerca de um mês, quando o estado chegou a 21,5% de ocupação. Naquela data, eram 46 leitos ocupados de 214 disponíveis.
Em junho, o estado chegou a ter 415 leitos de Covid operacionais (com pacientes ou disponíveis) – o maior número desde o início da pandemia, quando ainda registrava filas de espera por UTIs. Nesta segunda-feira, segundo as informações oficiais do sistema utilizado na administração dos leitos, apenas sete pacientes com perfil de leito crítico estão na lista de espera, aguardando regulação ou transferência.
Pacientes na lista de regulação – Dados: Regula/RN
A última vez que o RN teve percentual de ocupação de leitos igual ou acima de 45% foi no final de julho. No dia 24 daquele mês a taxa de ocupação de leitos de UTI era de 44%. Em todo esse período, a ocupação dos leitos sempre ficou abaixo deste índice, até o início de novembro, quando voltou a registrar 50% de ocupação dos leitos críticos.
Com o quantitativo de leitos atuais que temos disponíveis, a taxa de ocupação praticamente dobrou em 30 dias. A região do Seridó hoje apresenta o maior índice com 53,3%, seguida pela região metropolitana com 46,3% e na parte Oeste do estado há o registro de 38,6% de ocupação dos leitos.
Na avaliação do Governo, a reversão dos leitos se deu devido a melhora no cenário epidemiológico, ocasionada por fatores como o avanço da vacinação e as medidas de prevenção e vigilância.
“O cenário permitia que pudéssemos pensar, com toda cautela, a reversão dos leitos de maneira gradativa e estudada. Reunimos com toda a equipe de regulação e estruturação dos leitos para pensarmos juntos a proporção de leitos de UTI Covid que podem ser transformados em UTI geral. Este foi um passo muito importante para a saúde do estado, visto que a pandemia não acabou e ao mesmo tempo existe uma demanda por leitos não-Covid“, informou a Sesap na época.
No mês de outubro, o Rio Grande do Norte registrou o menor número de confirmação de mortes por Covid-19 desde abril 2020 – no início da pandemia, com 60 óbitos pelo vírus, em abril do ano passado foram registradas 56 mortes causadas pelo novo coronavírus.
Por outro lado, o mês terminou com um aumento do total de casos confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado, que passou 3.586 em 30 dias de setembro para 5.065 casos nos 31 dias de outubro – uma diferença de quase 1,5 mil testes positivos a mais.
Já a vacinação atingiu 81% da população potiguar na 1ª dose e 58% com o ciclo completo. Já a dose de reforço foi aplicada em mais de 180 mil potiguares, 5% da população norte-rio-grandense. Mais de 4,5 milhões de doses já foram aplicadas no RN.
Ao NOVO Notícias, O Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, informou que prevê tornar o uso de máscaras não mais obrigatório no Rio Grande do Norte quando forem atingidos 70% da população adulta completamente vacinados. A ideia, segundo o cientista Ricardo Valentim, diretor-executivo do Lais, é desobrigar o uso de máscaras em ambientes abertos quando esse índice for atingido – o que deve acontecer neste mês de novembro, de acordo com o pesquisador.
Entretanto, a Sesap comunicou que ainda é cedo para a flexibilização. O Governo chegou a alertar sobre o novo aumento de casos de Covid e anunciou a retomada do ‘Pacto Pela Vida’ no RN.
Em nota conjunta assinada por vários órgãos, o executivo estadual pediu que a população complete o esquema vacinal e mantenha cuidados para prevenir doenças. Mais de 200 mil potiguares não foram tomar a segunda dose da vacina
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