Esporte

Seleção masculina de vôlei perde da Rússia e vai disputar o bronze

Comitê olímpico russo vence mais uma vez o Brasil nos jogos olímpicos e avança para a final

por: NOVO Notícias

Publicado 5 de agosto de 2021 às 06:50

A seleção brasileira masculina de vôlei lutou bastante na madrugada desta quinta-feira, pelo horário brasileiro, mas não resistiu ao Comitê Olímpico Russo. A derrota por 3 sets a 1, com parciais de 25/18, 21/25, 24/26, 23/25, impede a luta pelo bicampeonato olímpico nos Jogos de Tóquio, mas ainda dá chance de obter a medalha de bronze.

Os russos foram superiores ao longo da maior parte do jogo, principalmente a partir do segundo set. No terceiro, chegaram a ter seis pontos de desvantagem, porém buscaram uma incrível virada para liderar o placar. Na equilibrada quarta parcial, os adversários do Brasil foram melhores nos momentos mais importantes e sacramentaram a vaga na final.

O Brasil esteve longe de repetir as boas atuações dos últimos jogos. Lucarelli e Wallace oscilaram muito ao longo no jogo, sem a mesma confiança das partidas anteriores. Tanto que o destaque brasileiro foi Leal, com 18 pontos. Do outro lado, o maior pontuador russo foi Maxim Mikhaylov, com 22.

Foto: Wander Roberto / COB

Na decisão do ouro, marcada para as 9h15 de sábado (de Brasília), o adversário dos russos sairá do confronto entre França e Argentina. Quem perder vai encarar o Brasil na disputa do bronze, a 1h30 da madrugada do mesmo dia.

A Rússia vinha sendo o grande obstáculo do Brasil nos últimos meses. A seleção vinha de duas derrotas seguidas para os rivais, ambas por 3 a 0, uma delas na fase de grupos em Tóquio e outra na Liga das Nações, em junho. A seleção também venceu os rivais nesta competição, no início da sua caminhada até o título.

E havia eliminado os russos na semifinal dos Jogos do Rio-2016. Logo a vitória desta quinta teve sabor de vingança para os russos. O confronto desta quinta ainda lembrou a dura derrota do Brasil para os rivais na final dos Jogos de Londres-2012, quando o time brasileiro sofreu a virada no placar.

Para o importante duelo desta quinta, o técnico Dal Zotto Renan evitou surpresas e manteve a formação titular com Wallace, Leal, Lucarelli, Lucão, Maurício Souza e o levantador Bruninho, além do líbero Thales.

O Brasil começou a partida acelerando as jogadas e surpreendendo os russos. A vantagem de dois pontos logo aumentou para cinco, deixando os rivais quase sem reação. Mais surpreendente foi a performance brasileira no bloqueio. Foram quatro pontos, contra nenhum dos adversários, na primeira parcial. O desempenho era sintomático da superioridade brasileira em quadra, principalmente porque, no jogo anterior, os russos haviam dado um show nos bloqueios.

Foto: Wander Roberto / COB

Mas tudo mudou no segundo set. Os russos impuseram forte reação ao se reorganizarem em quadra e aproveitarem as falhas brasileiras, táticas e também em ataques. Os rivais abriram até seis pontos de vantagem, desenhando um massacre na parcial. Porém, a seleção esboçou reação ao recuperar a atenção e seus fundamentos táticos. Para ajudar, Renan colocou Maurício Borges no lugar de Leal para reforçar a defesa.

Mais sólido, o Brasil não evitou a derrota no set, mas recuperou parte da confiança para o terceiro set, que começou mais equilibrado. As duas equipes disputavam ponto a ponto até que a seleção passou a se destacar em todos os fundamentos, sem os erros do set anterior. A dianteira no placar chegou a seis pontos (16/10).

Mas os russos não desistiram. Reduziram a diferença pouco a pouco, impuseram pressão aos brasileiros e alcançaram uma inacreditável virada para 24/23. O Brasil salvou o primeiro set point, porém não o segundo. E o Comitê Olímpico Russo obteve a virada na parcial e também na partida.

Apesar do baque, a seleção não desanimou e fez um equilibrado jogo no início do quarto set. Embalados pelos ataques de Maxim Mikhaylov, os russos abriram dois de vantagem em 14/12. O Brasil empatou em 15/15, mas permitiu nova frente dos rivais. O duelo esquentou de vez quando o 20/20 no marcador deixou a partida totalmente em aberto.

A partir daí, o jogo foi ponto a ponto, com risco de os russos fecharem a partida já neste set. Nos momentos decisivos, a seleção do Comitê Olímpico Russo cresceu novamente e aproveitou o segundo match point, acabando com as chances do bicampeonato olímpico do Brasil.

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