Cotidiano

Secretário de Saúde de Natal diz que é “prematuro” falar em superfaturamento de respiradores

“Operação Rebotalho” apura irregularidades na compra de 20 respiradores pulmonares pela SMS

por: NOVO Notícias

Publicado 1 de julho de 2021 às 10:10

O secretário de Saúde de Natal, George Antunes, disse nesta quinta-feira (1º) que é “prematuro” apontar superfaturamento na compra de respiradores para o Hospital de Campanha de Natal. A aquisição é investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF). Os órgãos deflagraram a “Operação Rebotalho” na manhã desta quinta para apurar a compra de 20 ventiladores pulmonares, no valor de R$ 2,1 milhões, que apresentam origem e qualidade duvidosas e alguns destes aparelhos já apresentaram defeitos por ocasião da entrega.


“Quando se iniciou a pandemia, existiam preços dos mais variados possíveis. Falar em superfaturamento é muito prematuro. Não se tem como comparar preços ainda hoje. Por exemplo, você ainda pode encontrar um mesmo medicamento custando R$ 20, R$ 100 e até R$ 300. Primeiro você tem que encontrar no mercado, depois você tem que negociar preços”, explicou o George Antunes.

O titular da pasta disse, ainda, que ainda espera mais informações acerca da investigação por parte dos órgãos de controle. Ele se mostrou surpreso com a operação deflagrada na manhã desta quinta-feira. Diversos agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da secretaria de Saúde da capital, localizada na zona Leste da cidade.

“Eu não posso dizer nada ainda. Primeiro, eu tenho que conversar com ele [Polícia Federal]. Preciso saber exatamente o que estão investigando; o que estão buscando; e quais foram as irregularidades apontadas”, comentou.

Ainda segundo ele, as denúncias feitas de que parte dos respiradores comprados pelo municípios estão quebrados também serão apuradas. Ele desconhece a informação de respiradores pulmonares inservíveis para uso no Hospital de Campanha de Natal. “Isso vai ser atestado. Preciso falar com quem fez a compra, com quem recebeu os equipamentos e que colocaram em uso. Acho muito pouco provável que a nossa equipe tenha recebido um equipamento sem função de uso”, encerrou.

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