Carlos Eduardo Xavier, secretário estadual da Fazenda Pública - Foto: Divulgação/SeFaz RN

Economia

Resposta Secretário da Fazenda rebate notícia de que alta de empregos foi puxada por queda do ICMS no RN

O Rio Grande do Norte terminou o primeiro semestre de 2024 com um saldo de 13.060 novas vagas de trabalho com carteira assinada

por: NOVO Notícias

Publicado 3 de agosto de 2024 às 11:38

Carlos Eduardo Xavier, secretário estadual da Fazenda Pública – Foto: Divulgação/SeFaz RN

O Secretário da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, contestou neste sábado (03) a informação de que a redução da alíquota do ICMS resultou no crescimento de empregos no estado. Ele criticou a comparação feita por veículos de imprensa equiparando a abertura de empregos à diminuição da alíquota do ICMS no RN.

O Secretário mencionou que, no mês de julho, houve uma queda de 9% na arrecadação do ICMS, considerando valores nominais, ou seja, sem ajuste pela inflação. Em julho deste ano, o Rio Grande do Norte arrecadou R$ 691,2 milhões com ICMS, enquanto que no mesmo período de 2023, o montante foi de R$ 764 milhões.

“A matéria parece ter dupla finalidade: não reconhecer o mérito do governo federal neste resultado, e tentar vincular algo de positivo na redução do ICMS já que na prática não diminuiu preços dos produtos e vem tendo forte impacto negativo nas finanças do estado”, contestou Carlos Eduardo Xavier.
Para efeito de comparação, o preço da cesta básica subiu 15,11% em Natal nos cinco primeiros meses do ano, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos publicada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A crítica feita pelo secretário pode explicada a partir do exemplo do estado de Pernambuco. O estado nordestino acumula 68,9 mil novas vagas formais em 2024, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apesar de ter elevado a alíquota do ICMS para 20,5% em 2024.

O Rio Grande do Norte terminou o primeiro semestre de 2024 com saldo de 13.060 novas vagas de trabalho com carteira assinada. Os dados públicos mostram que, em 2023, o RN já tinha saldo positivo de empregos, mesmo com uma alíquota de 20%.

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