Durante Comissão de Trasparência, Fiscalização e Controle sobre as emendas de relator relacionadas ao Ministério do Desenvolvimento Regional, sob responsabilidade Rogério Marinho, nesta terça-feira (07), o ministro protagonizou uma discussão com o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).
Marinho foi convidado a prestar esclarecimentos sobre as emendas de R$ 1,4 milhão do chamado orçamento secreto. O requerimento que deu origem ao convite à Comissão foi do senado potiguar, primeiro a fazer perguntas ao ministro.
Ao responder aos questionamentos, Marinho se mostrou irritado com Valentim e disse que o senador fazia “ilações”.
“Eu tenho todo direito como cidadão de eventualmente pleitear um mandato, como a vossa excelência tem, como senador, de se lançar governador do Estado, está sendo vinculado na imprensa local e vossa excelência está se pautando pela imprensa para falar a meu respeito”, disse.
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Styvenson justificou o convite ao ministro dizendo que o governo federal teria montado um “orçamento secreto” ou “paralelo” para distribuir emendas de relator a congressistas e assim barganhar apoio de deputados e senadores, inclusive Marinho que pretende concorrer ao cargo de governador do RN ou senador.
De acordo com uma matéria veículada pelo jornal O Estado de S. Paulo, parte dessas verbas foi usada para comprar tratores com valores superfaturados por meio da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), estatal ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional e dominada por congressistas do Centrão, grupo no Congresso que apoia o Planalto.
Styvenson também questionou o ministro sobre a entrega de tratores comprados com a emenda do relator ao Rio Grande do Norte. Marinho disse que a entrega faz parte de uma iniciativa da pasta para “atacar as desigualdades regionais”.
Ao falar que não encontrava dados sobre o pagamento de emendas no Portal da Transparência, Marinho salientou que as informações estão no portal. Declarou: “vossa excelência não está conseguindo encontrar e eu vou ajudá-lo.
Em resposta, o senador afirmou: “vou demitir toda minha assessoria, então. Um batalhão de gente e não consegue encontrar essa informação”.
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