Pedido para visitar Anderson Torres foi anunciado por Rogério Marinho em entrevista coletiva. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O senador Rogério Marinho (PL-RN) enviou na tarde desta quarta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de autorização para visitar o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, preso há mais de 100 dias. O pedido é assinado por outros 41 senadores.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva e também por meio do Twitter do senador potiguar. “Ao lado de outros 41 senadores, enviei ao STF pedido de autorização para visitarmos o ministro Anderson Torres, preso há mais de 100 dias”, disse.
E acrescentou, na postagem: “Além dos problemas de saúde que enfrenta, Torres tem família e endereço fixo, e não é razoável que responda a qualquer processo em cárcere.”
O ex-ministro estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal e é investigado no inquérito do STF que apura sua omissão na contenção dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Assista abaixo a entrevista coletiva concedida pelos por Rogério Marinho e outros senadores que querem visitar Anderson Torres.
Segundo advogados do ex-ministro da Justiça, ele teria sofrido nesta quarta-feira uma crise de ansiedade no Batalhão de Polícia Militar em Brasília, onde está preso há mais de cem dias
Segundo os advogados, Torres ‘chorou forma compulsiva, relatando enorme saudade de seus familiares, em especial de suas filhas, expondo palavras e ideias sem nexo, e expos seu desânimo com a manutenção de sua vida’.
Na terça-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou um pedido do deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) para visitar Anderson Torres. A solicitação do deputado foi feita na segunda-feira (24) ao ministro, que é relator do inquérito que investiga os atos. O parlamentar disse que gostaria de fazer uma “visita de cortesia” a Torres.
Ao avaliar o pedido, Alexandre de Moraes disse que o pedido do deputado não tem fundamento legal. “Verifica-se do ofício encaminhando que o requerente não tem a intenção de visita institucional para os fins de sua atividade parlamentar, mas, tão somente “uma breve visita de cortesia””, avliou.
E complementou: “Vê-se pois, que o requerente busca a autorização para efeito de interesse privado e não o público no pleito formulado, sem qualquer fundamento legal”.
Na semana passada, os advogados de Anderson Torres informaram ao Supremo que ele está “passando por tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”.
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