O número de ataques no Rio Grande do Norte vem diminuindo gradativamente desde o início da onda de violência na última terça-feira (14). A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) do RN divulgou, na manhã desta segunda-feira (20), um balanço atualizado dos atos criminosos, no qual constata uma redução de 93% em relação ao primeiro dia de ataques. Ontem (19), sete atentados foram registrados pelas forças de segurança, contra 105 da terça-feira (14).
Desde o início da onda de violência, a segurança pública do RN recebeu um incremento de aproximadamente 1 mil policiais advindos da Força Nacional, da Polícia Militar do Ceará, da Polícia Militar da Paraíba, e da Polícia Militar do Pará. Dados oficiais apontam que 137 pessoas foram presas por envolvimento nos ataques.
A governadora Fátima Bezerra destacou a importância do auxílio federal para o enfrentamento da crise na segurança pública do estado. Ela ressaltou que a Força de Segurança Nacional permanecerá no Rio Grande do Norte pelo tempo necessário para garantir a segurança da população. “Já fizemos o pedido ao Ministro e ele acatou em prorrogar a presença da Força Nacional no nosso estado”, disse.
Além disso, Fátima Bezerra avalia que os recursos liberados pelo Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) vão garantir a ampliação dos investimentos próprios na Polícia Militar, Polícia Civil e Bombeiros.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, mais de R$ 5 milhões já foram investidos nas ações de combate aos ataques criminosos no RN nestes sete dias. Ele chegou ao estado na noite deste domingo e anunciou que o Governo Federal tem a situação do RN como prioridade e, se for necessário, serão enviados mais homens para atuar na luta contra o crime organizado.
Ataques geraram prejuízos milionários
O Rio Grande do Norte está sob ataque de criminosos desde a última terça-feira (14). Além do caos instalado e os transtornos de suspensão de serviços básicos como transporte público e o fechamento de unidades de saúde, os prejuízos financeiros também são grandes.
Só na Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), onde 14 motocicletas foram incendiadas na noite da última quinta-feira (16), o prejuízo gira em torno de R$ 500 mil, e poderia ter sido pior se o Corpo de Bombeiros não tivesse chegado a tempo de debelar as chamas e impedir a destruição de toda a frota, que contava com 24 motocicletas.
Um dos ataques mais comuns foram os direcionados a ônibus. Até a manhã desta segunda-feira (20), foram queimados dez veículos, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e Transportadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro/RN).
Desse total, um ônibus rodoviário, que faz viagem intermunicipal, e nove urbanos que faziam linhas na Grande Natal. De acordo com levantamento feito pelo NOVO, o valor de um ônibus urbano usado gira em torno de R$ 250 mil a R$ 300 mil, e novo chega ao valor de R$ 650 mil. Já o ônibus rodoviário, utilizado nas viagens intermunicipais, chega a custar entre R$ 800 mil e R$ 1,2 milhão.
Se a reposição for feita utilizando veículos seminovos, os gastos devem girar em torno de R$ 3,9 milhões. Se a opção for por veículos novos, os custos passarão dos R$ 7 milhões.
De acordo com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), 38 municípios foram afetados com os atentados criminosos, sendo a maioria em Natal, que foi alvo de 62 ocorrências. Em alguns casos, a maioria dos ataques foi concentrada em prédios e veículos públicos, como na cidade de São Gonçalo do Amarante, onde um prédio da Secretaria Municipal de Saúde foi incendiado na madrugada da sexta-feira (17) e destruiu um depósito de remédios destinado às Unidades Básicas de Saúde da cidade. A Prefeitura local se manifestou e apontou que os prejuízos desse ataque chegam a R$ 10 milhões.
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