O Rio Grande do Norte registrou, até o último dia 7 de maio, quase 2.000 casos confirmados de dengue. Os números são do Boletim Epidemiológico das Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). O crescimento da doença no estado pode ser constatado na comparação com 2021, quando foram registrados nesse mesmo período um total de 386 casos confirmados da doença, apenas 20% em comparação com os 1.890 deste ano.
Igual ao número de casos da dengue, as demais arboviroses também apresenta um crescimento em todo o Rio Grande do Norte. Em 2022 também já foram registrados 750 casos de chikungunya e 58 casos de zika.
A incidência para os casos de dengue é de 323,93 casos a cada 100 mil habitantes. Já para os casos de chikungunya a incidência é de 95,40 casos a cada 100 mil habitantes, e nos casos de zika esse número é de 19,88 a cada 100 mil habitantes.
Ao constatar a situação vivenciada com relação às arboviroses, a Sesap vem desenvolvendo uma série de ações para mitigar o número de casos e reduzir os danos causados. Assim, foram retomadas as discussões no Comitê Operacional de Emergências, no qual, além da Sesap, estão o Ministério Público Estadual, o Conselho Estadual de Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do RN.
Segundo a responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue, Silvia Dinara, “o trabalho que vem sendo feito com os carros de UBV é algo que deve ser colocado como última medida. Antes disso, todos devemos ser vigilantes para que consigamos combater o mosquito nos nossos quintais, residências, ruas e bairros. Convidamos, então, toda a população para fazer sua parte. Além disso, publicamos um plano de contingência para controle das arboviroses e estamos estimulando os municípios a elaborarem os seus planos de ações com base no estadual, para que todas essas ações sejam efetivadas de forma oportuna e obtenham sucesso. Tudo isso está sendo pensado de forma regionalizada e descentralizada, para que as ações impactem nos territórios”.
A Sesap reforça, junto à população, os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses, como manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito; esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais; não colocar lixo em terrenos baldios; manter caixas d´água sempre tampadas e cuidar de qualquer local que possa acumular água parada. Além dos cuidados, é importante receber a visita do agente de endemias e esclarecer possíveis dúvidas.
As arboviroses apresentam sinais e sintomas comuns entre si, como febre, dores nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos no caso da chikungunya e zika.
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