O Rio Grande do Norte registrou 174 casos confirmados de dengue até o dia 15 de abril deste ano. A doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti não causou mortes este ano, segundo dados publicados nesta terça-feira (11) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Ao todo, a doença contabiliza 1.180 notificações. Com relação à chikungunya, foram notificados 894 casos, sendo 112 casos descartados e 72 confirmados, equivalente a uma taxa de incidência de 25,33 casos 100 mil habitantes.
Quanto à Zika, até a semana epidemiológica 16 deste ano, foram registrados 57 casos notificados, dos quais 22 casos foram descartados e 11 confirmados, possuindo uma incidência de 1,61 casos por 100 mil habitantes.
Com o início do período chuvoso no Rio Grande do Norte e a população passando mais tempo em suas residências em decorrência da pandemia da Covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) alerta para os cuidados necessários a serem adotados para evitar as chamadas arboviroses, doenças causadas por arbovírus e transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue, a chikungunya e a zika.
De acordo com levantamento realizado em abril pelo Controle Vetorial da Sesap, em relação ao índice de Infestação Predial, um total de 66 municípios potiguares estão em situação de risco (39,57%).
Ainda segundo o levantamento, outros 47 municípios estão em situação de alerta (28,14%), 8 municípios apresentam uma condição satisfatória (4,79%) e outros 46 municípios não realizaram ou ainda não enviaram as informações.
A população desempenha um papel primordial no controle de vetorial do Aedes aegypti e, para isso, deve adotar alguns cuidados a fim de prevenir a proliferação do mosquito e evitar a transmissão das doenças.
• Mantenha os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;
• Esfregue com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;
• Não coloque lixo em terrenos baldios;
• Mantenha a caixa d’água sempre tapada;
• Observe vasos e pratinhos de plantas que acumulam água parada;
• Fique atento aos locais que possam acumular água parada como bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;
• Mantenha em local coberto pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água;
• Não deixe acumular água em lajes e calhas, pois esses locais podem se tornar criadouros para o mosquito Aedes aegypti;
• E receba a visita do agente de endemias e aproveite a oportunidade para tirar suas dúvidas.
As arboviroses urbanas apresentam diversos sinais clínicos semelhantes, dificultando a suspeita inicial pelo profissional de saúde e pode dificultar a adoção de manejo clínico adequado, predispondo à ocorrência de formas graves, podendo levar ao óbito. Sendo assim, os profissionais de saúde devem estar atentos aos seguintes sintomas: febre alta (39º a 40ºC) de início abrupto e com duração de 2 a 7 dias, associada à cefaleia, fraqueza, dores musculares, dores nas articulações e dor ao redor dos olhos; manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira; anorexia, náuseas, vômitos e diarreia.
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