A extrema pobreza no Rio Grande do Norte caiu 56% no período pós-pandemia. O declínio é atribuído às mudanças nos programas de transferência de renda implementadas antes das eleições de 2022 e no início de 2023, segundo estudo do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
O contingente de pessoas na extrema pobreza no Rio Grande do Norte caiu de 530 mil, em 2021, para 228 mil, de acordo com o levantamento para o ano de 2023. O número do ano passado é o menor desde 2012, no início da série histórica, quando eram 341 mil pessoas na extrema pobreza.
Ainda de acordo com a pesquisa, o Rio Grande do Norte também é o estado com a maior redução proporcional da pobreza entre todas as unidades da Federação. O número reflete o resultado de todo o Nordeste, onde todos os estados da região registraram melhoras no índice.
Metade dos brasileiros que saíram da extrema pobreza vivia no Nordeste. Apesar disso, a região ainda possui 5,2 milhões de pessoas com renda per capita de até R$ 209 por mês, representando quase 10% de sua população.
A Bahia é o estado nordestino com o maior número de pessoas na extrema pobreza, com 1,32 milhão de pessoas, ou 9,3% da população. No Maranhão, a incidência da extrema pobreza é de quase 13%, afetando 879,3 mil pessoas. Entre 2021 e 2023, a redução da extrema pobreza ficou em 40,4% no Ceará.
Especialistas afirmam que a redução da pobreza no pós-pandemia é resultado de diversos fatores, incluindo investimentos públicos e privados, chuvas regulares, políticas públicas sociais, reajuste do salário mínimo, crescimento do mercado formal de trabalho e aumento do turismo.
Além do programa Bolsa Família, outros fatores que contribuíram para a redução da pobreza extrema incluem a melhora no mercado de trabalho, chuvas mais regulares nos últimos anos e o reajuste real do salário mínimo. Este último beneficia tanto os trabalhadores quanto os beneficiários do INSS, como os que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O estudo da FGV Ibre aponta ritmos de redução da pobreza diferentes entre os nove estados do Nordeste. Especialistas destacam a necessidade de uma agenda de políticas públicas que considere as diversas realidades dos estados, ao invés de tratar a região como um bloco homogêneo.
No estudo, considera-se pobre quem tem renda domiciliar per capita de até R$ 667 por mês. Os dados foram calculados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, os benefícios também contribuíram para a redução da população abaixo da linha de pobreza monetária. O menor índice foi estimado para o Rio Grande do Norte, com 43,5% da população. O estado com a maior proporção de pessoas em situação de pobreza era o Maranhão, com índice de 52,7%, seguido de Pernambuco (48,3%) e Ceará (48,2%).
A população nordestina, de 54,6 milhões de pessoas, representa 26,9% da população brasileira, mas é responsável por 55,2% da extrema pobreza e 45,6% da pobreza do país. A contribuição do Nordeste para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, porém, é significativamente menor, sendo de apenas 13,8% em 2021.
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