O Brasil registrou no ano de 2021 mais um recorde de produção de energia eólica. Foi o maior incremento da história em capacidade instalada, representando mais de 3 Gigawatts (GW) em energia eólica no ano. Desse total, 1,3 GW de energia foi produzido no Rio Grande do Norte, o que faz do estado, o principal propulsor do crescimento energético eólico do país, sendo responsável por 44,19% da produção de todo o Brasil no ano passado. As informações foram divulgadas pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Com os resultados deste ano, o Brasil alcançou um total de 20,1 GW de potência instalada da “energia dos ventos”, segundo a Aneel. Esse número coloca a eólica como a segunda maior fonte de energias do país, com uma parcela total de 11,1%, perdendo apenas para a energia hidrelétrica, que é responsável por 103 GW, o que equivale a 57,1% de toda a produção energética nacional. Esses números garantem ao Brasil a sétima colocação no ranking de maiores produtores de energia eólica do mundo.
Dos 20,1 GW produzidos em todo o país, o RN é responsável por 6,29 GW. Isso representa 31,9% de toda a produção nacional, o que faz do nosso Estado, o maior produtor de energia eólica do país. O RN consome menos de 1,25% do que produz hoje de energia renovável. Isso faz do nosso estado, não só um grande produtor, mas também um grande exportador da energia. E os números que já são bons, devem melhorar ainda mais em breve, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado.
“O Rio Grande do Norte bateu todos os recordes de investimento. Essa nossa visita com a governadora Fátima e toda a missão – à Europa – que foi, nós coroamos o ano passando de R$ 13 bilhões de investimento em energia eólica e solar. Ora, o ano passado a gente tinha conseguido R$ 7 bilhões e já era um recorde nacional, imagine agora com treze”, disse o secretário que ainda comemora: “Nenhum estado do Brasil chegou nem perto do montante de investimentos. O que é bom nisso? É que o Rio Grande do Norte vai continuar sendo o maior produtor de energia eólica do Brasil”, avalia o secretário.
A quantidade de investimentos tende a aumentar ainda mais já a partir de março, quando o RN disponibilizará um Atlas que vai orientar potenciais investidores do mundo inteiro, apontando quais as melhores regiões para se produzir energia renovável no RN.
“O novo Atlas, vamos inaugurar no final de março. Colocamos já seis estações em seis regiões diferentes do estado, que vão dar em tempo real a irradiação solar em cada região dessa. Também vai medir a direção dos ventos, tanto em terra como no mar. Com isso vamos atrair investidores do mundo inteiro, porque o cara lá do outro lado do mundo, lá do Japão, na China, nos Estados Unidos, onde for, ele vai entrar no no no site aqui, na nossa página da Sedec e vai ver em tempo real, onde é melhor investir em energia solar ou em energia eólica. É um novo mapa da mina”, diz Jaime.
O secretário Jaime Calado conta que 14 das maiores indústrias do setor no mundo estão investindo no Rio Grande do Norte e tendo “excelentes resultados”. Ele conta que a produção, que atualmente é de 6,29 GW, vai passar dos 10 GW muito em breve. Jaime disse que o RN já tem contratos assinados que farão a produção chegar aos 10,8 GW. Hoje, esse total representaria mais da metade de toda a produção nacional.
Atualmente existem 207 parques instalados no RN, com outros 49 em construção e mais 79 contratados. Ao todo já temos mais de 2.500 aerogeradores em território potiguar. Isso garante dezenas de milhares de empregos no estado. Jaime Calado estima que o setor de energias renováveis, que não se limita a eólica, já é responsável por aproximadamente 70 mil empregos no RN. “O setor remunera cerca de três vezes mais que a indústria brasileira”, diz Jaime Calado.
O secretário de desenvolvimento econômico do RN conta que mesmo com essa produção destaque no país, o RN ainda está longe de atingir todo o seu potencial. Ele lembra que atualmente só temos produção onshore, ou em terra, e que o potencial de produção no mar, ou a chamada offshore, é ainda maior. Questões burocráticas, que devem ser resolvidas a nível nacional, ainda impedem que a produção comece, contudo, já há processos em andamento para quando a produção offshore estiver regulamentada no país.
“A produção no mar, ou offshore, tem um potencial no RN de 140 GW. E a gente não tem nada, não estamos produzindo nenhum ainda. Temos cinco projetos já dado entrada no IBAMA, que somados, chegam a 11,9 GW”, diz Jaime Calado, sobre o potencial do RN na produção de energia eólica.
O potencial de produção de energia eólica em terra, segundo o secretário Jaime Calado, hoje é estimado em torno de 25 GW, o que prova que ainda tem muito a ser explorado, visto que atualmente o RN conta com uma produção de pouco mais de 6 GW.
Outra fonte de energia renovável que tem muitos frutos ainda a dar no Rio Grande do Norte, é a energia solar. O secretário Jaime Calado conta que no início de 2019, quando assumiu a pasta, o RN tinha quatro usinas de energia solar contratadas. Hoje, o cenário mostra que no estado temos 12 usinas em pleno funcionamento, outras duas em construção e mais 52 contratadas. O potencial produtivo desse tipo de energia é avaliado hoje em cerca de 100 GW.
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