O Rio Grande do Norte completou, neste mês de julho, um ano sem fugas no seu sistema penitenciário. A última fuga registrada foi no dia 17 de julho de 2021, quando 12 detentos conseguiram escapar da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, o maior complexo penal do estado. A marca está sendo alcançada pela primeira vez na história do Estado.
Após o episódio de 2021, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap) não registrou mais incidentes até esta segunda-feira (18). De acordo com a pasta, esse marco é fruto do trabalho dos agentes e guardas prisionais em constante alinhamento com as estratégias adotadas pelo Executivo Estadual.
“O mérito, sem dúvida, vai para todos os policiais penais. No entanto, precisamos lembrar que, estes mesmos policiais, já estão atuando nas unidades prisionais há décadas, e nunca alcançaram tal marca. Então, o mérito também tem que ser dividido com o governo que tem sido atuante e extremamente responsável com a segurança pública como um todo”, disse o secretário da Seap, Pedro Florêncio.
Nos últimos quatro anos, um total de 27 detentos fugiram de penitenciárias do Sistema Prisional do RN. O número representa uma redução de 96% no comparativo com o mesmo período entre 2015 e 2018.
Ainda de acordo com a Seap, uma das atividades que mais contribuem para a redução das fugas, são as constantes revistas realizadas nas alas onde estão abrigados os internos. Na última sexta-feira (15), foi realizada uma operação dentro das principais unidades prisionais do RN. A ação, denominada Dominus, foi desencadeada após uma operação do Ministério Público que resultou na prisão de três advogados, duas mulheres e um homem, suspeitos de envolvimento com facções criminosas.
Na ação, foram averiguadas as estruturas das celas de cada unidade em busca de materiais que pudessem indicar alguma comunicação dos internos com outros integrantes de organizações criminosas que estão nas ruas. Mais de 200 agentes de segurança participaram da operação, que contou com o apoio do Grupo de Operações Especiais, Grupo de Escolta Penal e Polícia Penal, além da Polícia Militar com o apoio do helicóptero Potiguar 01. Só no Complexo de Alcaçuz, foram vistoriados os pavilhões 3 e 4, além da Penitenciária Rogério Coutinho Madruga.
Segundo o titular da Seap, Pedro Florêncio, ainda não há indícios da participação de policiais penais no esquema que envolvia advogados e os chefes de facções. “Até esse momento, não. A investigação está a cargo da Polícia Civil junto com o Ministério Público, então nós não temos como precisar essas informações. O importante para o sistema prisional é manter o controle e se antecipar nas ações de prevenção às fugas. O Estado está atento para prevenir qualquer movimento que possa contribuir para o crime”, explicou o secretário.
Ainda segundo Florêncio, não foram encontrados materiais ilícitos e nenhuma das grades das celas foram violadas. Também não foi encontrado nenhum indício de vulnerabilidade nos presídios.
No Rio Grande do Norte existem 21 unidades prisionais, contabilizando 12 mil presos. Desses, 2.800 estão custodiados em Alcaçuz.
2015 – 212
2016 – 384
2017 – 249
2018 – 32
2019 – 06
2020 – 09
2021 – 12
2022 – 00
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