Faleceu na madrugada deste domingo, 6, o ex-governador e ex-senador Geraldo Melo, 86 anos, em decorrência de um câncer.
Era casado com a senhora Maria Edinólia Câmara Melo, com quem teve cinco filhos.
Ele ocupava a cadeira número 32, da Academia Norte-riograndense de Letras (ANL) que era do falecido jornalista João Batista Machado.
Geraldo Melo teve presença não apenas na política partidária.
Foi precursor da SUDENE como integrante da equipe técnica do economista Celso Furtado, o primeiro diretor do órgão e um dos mais destacados intelectuais do país, ao longo do século XX.
A marca de Geraldo Melo foi sempre a busca da inovação, na área privada e pública.
Trabalhou como jornalista até 1959, ano em que concluiu curso de planejamento do desenvolvimento econômico da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), na ONU.
Esse órgão internacional teve o objetivo de promover e fortalecer a cooperação e a integração econômica e social dos países da América Latina e do Caribe.
Na área privada, foi um dos sócios-fundadores da Administração Industrial e Planejamento (Adiplan) – criada por um grupo de técnicos que deixara a Sudene, ocupando o cargo de diretor brasileiro do Consórcio Internacional de Consultoria Técnica, integrado pela Adiplan e a empresa inglesa Economist Intelligence Unit (EIU), associada da Mitsou Consultants co., do Japão.
Geraldo Melo não perdeu de vista as suas origens no RN.
Amigo pessoal do governador Aluízio Alves, eleito em 1961, liderou uma equipe de jovens técnicos lcoais e criou o CED (Comissão Estadual de Desenvolvimernto), que promoveu cursos de debates econômicos e sociais sobre a economia estadual e nordestina.
O autor do texto fez um desses cursos.
O seu primeiro mandato político foi de vice-governador do RN (1978), indicado pelo presidente João Figueiredo, na chapa encabeçada por Lavoisier Maia.
Em 1983 ingressou no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB.
No pleito de novembro de 1986, elegeu-se governador do Rio Grande do Norte, na legenda do PMDB, com o apoio do então ministro da Administração Aluísio Alves.
Permaneceu à frente do governo até março de 1991, ao final do mandato.
No pleito de outubro de 1994, candidatou-se a uma cadeira no Senado na legenda do PSDB.
Eleito iniciou mandato em fevereiro do ano seguinte, quando ocupou a vice presidência do Senado, a partir de 1997.
Em maio votou a favor da emenda da reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos.
Em fevereiro de 1999, reelegeu-se vice-presidente do Senado para o biênio 1999-2001.
Geraldo Melo deixa legado de serviços prestados ao RN e ao país.
Recebe as homenagens póstumas dos seus conterrâneos, que sempre o consideraram uma das inteligencias mais lúcidas da nossa terra.
O texto acima, contando a trajetória de Geral Melo, é do advogado Ney Lopes.
Ney foi Deputado Federal e era amigo de Geraldo Melo
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