A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Rio Grande do Norte está chegando na reta final. Após a finalização da fase de oitivas, os parlamentares membros da comissão aguardam agora pela execução dos últimos atos, previstos para ocorrer até o próximo dia 17, prazo máximo para o encerramento dos trabalhos da CPI.
O cronograma oficial da CPI da Covid prevê que na próxima quinta-feira (9), o deputado Francisco do PT, relator da Comissão, fará a leitura do relatório, sem possibilidade de apartes ou interrupções por parte dos demais membros da comissão. Já na semana seguinte, no dia 15, o dia estará reservado para que os parlamentares possam apresentar sugestões e emendas ao relatório produzido, enquanto que no dia seguinte, 16, está prevista a votação do relatório final com as devidas modificações que forem aprovadas.
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A última reunião de oitivas foi realizada na quinta-feira (2). Para a 33ª reunião da CPI da Covid estavam previstos três depoimentos. Um dos depoentes, Fernando Galante, apontado como intermediário na malsucedida compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, optou por ficar em silêncio, não respondendo a nenhum dos questionamentos. Após ele, a CPI colheu três depoimentos, sendo que dois dos depoentes estiveram na condição de convidados, e outro, como investigado, prestou longo depoimento por meio de videoconferência.
Os depoentes ouvidos como convidados são representantes do Governo do Estado. Luciana Daltro de Castro Pádua Bezerra, assessora especial do Governo do Rio Grande do Norte, e o auditor-geral da Controladoria Geral do Estado, Carlos José Cerveira de Andrade e Silva. O outro depoente, este na condição de investigado, foi o empresário Cleber Isaac Souza Soares, também apontado como intermediário na compra dos respiradores pelo Consórcio Nordestes.
Após a finalização das oitivas, o deputado Kelps Lima (SDD), presidente da Comissão, comentou sobre os depoimentos, apontando que, segundo os depoentes, os Estados do Nordeste foram lesados após os governadores pagarem cerca de R$ 50 milhões para a compra de respiradores junto a uma empresa, a Hempcare, que jamais fabricou, vendeu ou tinha em estoque os aparelhos pretendidos pelos Estados através do Consórcio Nordeste.
“Os Governadores não tiveram o mínimo cuidado com o dinheiro dos seus Estados e confiaram cegamente em Carlos Gabbas e Ruy Costa e hoje ainda aceitam o primeiro no comando do Consórcio. Preferem proteger uma aliado político que o povo dos seus Estados”, diz o deputado Kelps Lima, presidente da CPI da Covid na Assembleia Legislativa.
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