Alice Carvalho é uma das que criticou a rejeição da criação da Secretaria de Cultura. Foto: Reprodução

Alice Carvalho é uma das que criticou a rejeição da criação da Secretaria de Cultura. Foto: Reprodução

Cotidiano

Reação Rejeição à criação da Secretaria de Cultura na ALRN é criticada

Projeto que cria órgão estadual de cultura foi derrotado em votação na Comissão de Finanças da ALRN. Artistas e produtores farão protesto nesta terça-feira (21)

por: NOVO Notícias

Publicado 20 de maio de 2024 às 15:47

Alice Carvalho é uma das que criticou a rejeição da criação da Secretaria de Cultura. Foto: Reprodução

Alice Carvalho é uma das que criticou a rejeição da criação da Secretaria de Cultura. Foto: Reprodução

Representantes do setor cultural do Rio Grande do Norte se posicionaram contrários à decisão da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do RN que rejeitou projeto de lei complementar que cria a Secretaria de Estado da Cultura no RN (Secult).

Eles afirmam ser um retrocesso para o setor. Os produtores culturais agendaram um ato nesta terça-feira (21), às 10, em frente à ALRN, para protestar contra a decisão da Comissão de Finanças.

Leia também:

Raildon Lucena, produtor cultural e diretor do Curta Caicó, afirmou estar preocupado com setor e classificou como um “baque” receber a notícia. “Uma Secretaria de Cultura é fundamental para fomentar as políticas públicas culturais. É fundamental para que o poder público consiga dialogar com a classe artística em prol de políticas públicas para o setor. Inclusive, na “descentralização” das ações afirmativas da cultura. Olhando cada vez mais para o interior do estado. Precisamos avançar muito ainda nas políticas de apoio à cultura, mas com a Secretaria vejo que haveria muito mais possibilidades, até no próprio diálogo dos entres Federal e Estadual”, afirmou Raildon.

O diretor roteirista e produtor potiguar, Pedro Fiuza, endossa o pensamento e classifica como urgente a necessidade da secretaria. “A cultura e as artes são importantes áreas do século XXI. Atualmente, não ter uma secretaria de cultura equivale a não ter uma secretaria de saúde ou educação. É urgente a sua criação e atuação em políticas públicas pois isso é estratégico para qualquer estado ou município e seus ganhos e benefícios à sociedade e sua economia são imensos”.

A atriz, diretora e roteirista potiguar que ganhou o cenário nacional ao protagonizar “Cangaço Novo”, Alice Carvalho, evidenciou a necessidade de um compromisso com a cultura: “Reconhecer a cultura como pilar fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade é primordial e um grande avanço. Atravessar a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa rumo à criação da Secretaria de Cultura do RN é mais do que um passo administrativo; é um marco para a valorização e preservação de nossa identidade cultural. Esta iniciativa não apenas consolida nosso compromisso com a arte e a história de nosso estado, mas também representa um investimento no futuro de novos artistas com a continuidade e implementação de novas políticas públicas culturais”.

Para quem atua no segmento, é um dever governamental a luta por essa criação e valorização da cultura. “A criação de uma Secretaria de Cultura para o Rio Grande do Norte, mais que um compromisso de campanha da governadora Fátima, é uma necessidade institucional de efetivação de políticas públicas, captação de recursos Federais e de impulsionamento de nossa Economia Criativa, que deve estar atrelada a nossa vocação turística, mas também de preservação de nossa história”, mencionou Henrique José, fotógrafo e artista visual, membro do Grupo de Trabalho pela implantação da Fototeca Potiguar.

Babi Baracho, produtora audiovisual, ressaltou o trabalho que vem sendo desenvolvido mesmo com a ausência da secretaria. “Com apenas um ano em atividade, mesmo como secretaria extraordinária, Mary Land Brito vem desempenhando um papel fundamental para o setor cultural que anseia por políticas públicas permanentes há décadas. A aprovação da secretaria possibilitará a continuidade de um trabalho que demonstra bons planejamentos, organização, boa gestão e diálogo com a classe”.

O deputado Francisco do PT, líder da bancada governista na Casa, explicou que entrará com um pedido de recurso para o projeto. “Agora entraremos com um recurso ao plenário, para que o PL possa seguir sua tramitação. Isso devido o parecer da Comissão de Finanças não ter sido por unanimidade. Caso o recurso que iremos apresentar seja aprovado no plenário, a matéria segue sua tramitação até a votação definitiva”.

 

______________________________________________________________________________________________

Quer receber notícias úteis, relevantes, informativas e divertidas?

➡️ Assine gratuitamente a Comunidade do NOVO no Whatsapp.
➡️ gratuitamente o Canal de Notícias no Telegram.
➡️ Siga o NOVO Notícias no Twitter.

______________________________________________________________________________________________

Tags