Economia

Reforma tributária: O que dizem alguns empresários e economistas

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados, recebeu uma resposta positiva de empresários e economistas

por: NOVO Notícias

Publicado 7 de julho de 2023 às 07:00

Reforma tributária aprovada na Câmara é bem recebida por economistas e empresários. Foto: Mariana Ramos/Agência Câmara

Reforma tributária aprovada na Câmara é bem recebida por economistas e empresários. Foto: Mariana Ramos/Agência Câmara

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados, recebeu uma resposta positiva de empresários e economistas. Eles veem essa mudança como uma vitória para o país, que passará a ter um sistema tributário moderno, semelhante ao de economias desenvolvidas. O levantamento foi feito pelo jornal Estado de São Paulo.

Segundo Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de administração do Bradesco, as empresas gastavam muito tempo e esforço para cumprir as regulamentações e pagar os impostos atuais. Isso não apenas era oneroso, mas também gerava insegurança jurídica. Executivos e economistas em geral acreditam que essa reforma, pela qual eles têm lutado há décadas, contribuirá para melhorar a produtividade e o crescimento econômico do Brasil no longo prazo.

A implementação da reforma depende da aprovação do texto pelo Senado em duas votações. Abaixo estão as opiniões de empresários e economistas sobre essa aprovação.

Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de administração do Bradesco, afirmou que o sistema tributário brasileiro, considerado um dos mais complexos do mundo, ganhará frescor e modernidade com a aprovação da reforma.

Dan Ioschpe, presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion S/A e presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), destacou que a reforma será um divisor de águas para a produção no país, viabilizando projetos de valor agregado e reduzindo substancialmente o diferencial de custo do Brasil.

Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, comentou que as medidas da reforma tributária atacam um ponto central para o país, que é a simplificação tributária. Ele ressaltou a importância de uma abordagem de longo prazo, visando à eficiência e não apenas à arrecadação de impostos.

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Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, destacou que o momento é propício para avançar em reformas estruturantes, reduzindo o custo do crédito no país e tornando-o mais competitivo internacionalmente.

Dan Ioschpe, presidente do conselho de administração da Iochpe-Maxion S/A e presidente do IEDI, afirmou que a reforma será determinante para o avanço do PIB e a melhoria da renda, possibilitando o desenvolvimento de projetos de valor agregado no país e reduzindo o diferencial de custo.

Ana Paula Vescovi, economista-chefe do banco Santander, enfatizou a importância da reforma tributária para elevar a produtividade da economia brasileira no longo prazo, reduzindo o custo burocrático e melhorando a segurança jurídica. Ela ressaltou a necessidade de melhorar o desenho e a eficiência do sistema tributário, tornando-o mais simples, justo, sustentável e transparente.

Fabio Barbosa, CEO da Natura&Co, considerou a reforma um importante passo para simplificar o sistema tributário atual, destacando que ajustes serão necessários, mas a regulamentação e os mecanismos de compensação estarão presentes para isso.

Pedro Passos, cofundador da Natura, elogiou o relatório apresentado, mas ressaltou a importância de evitar muitas exceções, que podem tornar o sistema tributário mais complexo e injusto.

Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Fiesp e acionista da Klabin, afirmou que a aprovação da reforma é um marco importante e destravará gargalos, eliminando distorções e sinalizando avanços na simplificação e eficácia do sistema tributário.

Sergio Zimerman, presidente da Petz, expressou preocupação com o texto da reforma, destacando a necessidade de garantir a continuidade da tributação monofásica para evitar um aumento brutal da sonegação de impostos.

Rafael Furlanetti, sócio e diretor Institucional da XP, ressaltou que a reforma é necessária para simplificar e modernizar o sistema tributário brasileiro, reduzindo a burocracia e contribuindo para um ambiente de negócios mais favorável.

Fernando Yunes, presidente do Mercado Livre no Brasil, defendeu a reforma tributária, mas ressaltou a importância de uma implementação gradual e transparente, garantindo a simplificação, transparência e uniformidade em todo o país.

Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), afirmou que a reforma é um avanço, mas destacou a necessidade de desoneração da folha de pagamento e dos investimentos produtivos, bem como a redução do Imposto de Renda das pessoas jurídicas.