Mais de 70% dos cigarros comercializados no Rio Grande do Norte são são provenientes de contrabandeado, conforme levantamento da Receita Federal. Em 2023, o consumo de cigarros contrabandeados no Estado foi estimado em 1,7 bilhão de unidades, movimentando mais de R$ 430 milhões.
Na última quarta-feira (18), uma operação resultou na apreensão de uma carga de cigarros, avaliada em mais de R$ 1 milhão, foi interceptada no município de Monte Alegre. Durante a ação, um suspeito foi preso, outro foi baleado e um agente da Receita Federal e um policial civil ficaram feridos após troca de tiros.
Dados da Receita Federal apontam que, em 2023, houve uma apreensão total de R$ 10 milhões em cigarros contrabandeados. E somente este ano, até setembro, o valor já passa dos R$ 17 milhões.
Segundo a Receita Federal, o Rio Grande do Norte é considerado uma parte da rota internacional para o tráfico desse tipo de produto. As mercadorias contrabandeadas fazem uma rota marítima que passa pelo Oceano Pacífico, atravessa o Canal do Panamá e chega ao Suriname, antes de ser distribuída em estados nordestinos, utilizando embarcações menores para evitar a fiscalização.
Com a comercialização dos cigarros contrabandeados, o Rio Grande do Norte deixou de arrecadar cerca de R$ 129 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
No Brasil, aproximadamente 70% do preço do cigarro é composto por impostos, enquanto no Paraguai essa tributação é de apenas 17%, tornando o país vizinho atrativo para o contrabando.
O delegado da Receita Federal afirmou que a maior parte dos cigarros contrabandeados é comercializada nas periferias do estado, muitas vezes sem que os consumidores saibam que estão comprando produtos ilegais.
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