Rafael Motta postou foto ao lado de Lula neste final de semana – Foto: Redes sociais
Na última semana, o PSB estadual solicitou a inclusão do nome do atual deputado federal Rafael Motta nas próximas pesquisas para o Senado. A novidade mexeu com o cenário político local, uma vez que Motta mostra grande aproximação com o grupo do PT, que já tinha, até então, definido o ex-prefeito Carlos Eduardo como pré-candidato ao Senado na chapa com a governadora Fátima Bezerra. Neste final de semana, Rafael marcou presença no evento de lançamento da pré-candidatura da chapa Lula-Alckmin. Em entrevista ao NOVO, Motta fala sobre a possibilidade de concorrer ao Senado, bem como sobre o seu apoio ao Partido dos Trabalhadores.
A sua candidatura à reeleição para a Câmara dos Deputados era tida como certa, mas nesta semana, o PSB surpreendeu ao solicitar a inclusão do seu nome nas pesquisas para o Senado. O que motivou essa decisão?
– Não é um pensamento atual, é algo que já surgiu há um tempo. Mais recentemente teve a Marcha dos Prefeitos, dos vereadores, onde tinham dezenas deles em Brasília e, em todas as rodas de conversa, inclusive, de prefeitos que são oposição ao Governo do Estado, que não votam no nosso nome, surgiu essa tendência que os munícipes não têm visto uma representatividade com os nomes que estão sendo colocados. E a nossa chapa de deputado federal, nossa nominata, tem estimulado demais para seguirmos esse projeto. Esse é o maior sentimento que a nossa chapa tem tido. E eu, como sou um deputado municipalista, estou atento às ruas e tenho ouvido, unissonamente, “eles não”.
O senhor confirma a candidatura ao Senado com ou sem o apoio do PT? Há possibilidade de lançar candidatura ‘sozinho’? Ainda assim apoiaria a reeleição de Fátima Bezerra?
– Meu apoio à governadora é irrevogável e ao projeto Lula Presidente também, tanto que o nosso partido, o PSB, indicou o nome de Alckmin como vice porque a gente acredita que é uma luta da democracia contra o autoritarismo. Obviamente que eu sou muito pé no chão e vamos elaborar pesquisas qualitativas. Como eu disse, tenho ouvido muito o povo do interior e as pessoas têm visto com muita simpatia esse nosso projeto. Pesquisas virão de todas as qualidades, mas tenho certeza de que o que escuto pelas ruas, da classe política, o que tenho lido e ouvido, é que, realmente, eles preferem alguém que tenha coerência, que já conheçam, que já saibam de suas posições. Nós tivemos contra a Reforma Trabalhista, contra a Reforma da Previdência, sempre defendendo o povo do Rio Grande do Norte e podem ter certeza que eu jamais os trairei.
Em suas redes sociais, o senhor publicou fotos com a também deputada federal Natália Bonavides (PT) e com o ex-presidente Lula. Isso poderia ser considerado um aceno do PT ao seu nome para o Senado ou uma provocação ao ex-prefeito?
– Com a deputada Natália e com a própria, à época, senadora Fátima Bezerra, nós nos encontramos exatamente nas fileiras de oposição. Caminhamos juntos contra as reformas. Não trabalho com provocações, trabalho com diálogo. Com o presidente Lula, o nosso partido é aliado do PT nacionalmente, localmente, e eu voto nele.
Alguma vez o senhor conversou com a Governadora Fátima sobre ser candidato a senador?
– A gente sempre se deixou à disposição administrativamente e politicamente. Desde agosto do ano passado temos demonstrado interesse em ser parceiro na composição de chapa majoritária. A gente já esteve com Lula em sua visita a Natal no ano e externamos essa possibilidade de uma disputa de uma cadeira do Senado.
Alguém do grupo político de Fátima o procurou para conversar sobre o assunto após o anúncio do PSB com seu nome ao Senado?
– Sim, membros do próprio PT, alguns mandatários, auxiliares do governo têm estimulado porque têm visto que a nossa parceria a longo prazo e a confiança em nosso nome estimula realmente que a gente possa continuar com o nosso projeto.
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