Instituído por lei em agosto deste ano, o novo piso nacional dos enfermeiros foi suspenso no último domingo (4) pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF; categoria fará ato nacional a partir das 15h desta sexta (9)
Publicado 9 de setembro de 2022 às 11:55
“Não queremos apenas aplausos, queremos respeito, dignidade e salários dignos. O massacre deve acabar com a enfermagem, não vamos aceitar mais isso”, declarou a Érica Galvão, diretora do Sindsaúde/RN, após o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, acatar um apelo da Confederação Nacional de Saúde e suspender, no último domingo (4), o piso nacional da enfermagem – instituído por lei em agosto deste ano.
O documento causou uma série de reações entre os profissionais da área e o ministro explicou que a suspensão foi tentativa de ‘viabilizar’ fonte de custeio. “A minha posição é que é muito justa a instituição de um piso para enfermagem e para outros profissionais de saúde. Eu estou disposto a viabilizar a concretização desse piso. A minha visão e a de muitos outros é que sem construir uma fonte de custeio seria muito difícil tirar do papel esse piso salarial”, disse.
“A gente acha isso um absurdo, porque o nosso piso já era lei e estávamos lutando pela derrubada do veto feito pelo presidente Bolsonaro que impedia o reajuste desse valor anualmente. Então essa é uma luta de mais de três décadas de uma categoria que ficou em evidência agora no pior período da pandemia. Inclusive, uma categoria que, sem ela, a saúde não existe”, declarou Érica.
A decisão de Barroso tem caráter liminar e passará por um julgamento do plenário do STF nesta sexta (9).
Em reunião na última terça (6), o Sindsaúde/RN, o Sindern e o Coren/RN deliberaram, em conjunto, esta sexta-feira (9) como a data para uma mobilização nacional da enfermagem em prol da implantação do piso salarial da categoria.
Em Natal, o ato acontece a partir das 15h em frente ao Midway Mall. “Além da mobilização desta sexta, durante a próxima semana teremos assembleias para deliberações de paralisações enquanto essa medida cautelar não for derrubada e enquanto o piso não for implementado de fato”, informou a diretora do Sindsaúde/RN.
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