Brasil

‘Quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês’, diz Bolsonaro

É a primeira vez que ele se reúne com manifestantes desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva

por: NOVO Notícias

Publicado 9 de dezembro de 2022 às 19:37

Presidente voltou a falar com apoiadores no Alvorada; foi só a 2ª fala pública desde a derrota na eleição

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o País vive um “momento crucial” e disse a apoiadores que eles são responsáveis por decidir o futuro do Brasil e “para onde vão as Forças Armadas”. Depois de um longo período de silêncio, o presidente falou a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, na tarde desta sexta-feira, 9. É a primeira vez que ele se reúne com manifestantes desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, em 30 de outubro.

“Hoje estamos vivendo um momento crucial, uma encruzilhada, um destino que o povo tem que tomar. Quem decide o meu futuro são vocês. Quem decide para onde vai as Forças Armadas são vocês”, afirmou. “Forças Armadas, tenho certeza, estão unidas, devem lealdade ao povo e respeito à Constituição”, disse o atual presidente.

A presença do chefe do Executivo animou seus apoiadores, que entoaram gritos de “ladrão” e “fora, comunismo” em protesto contra a eleição de Lula. Até então, apenas o candidato a vice de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, havia conversado com manifestantes no local. Ele estava ao lado do presidente durante a fala nesta sexta.

“Se algo der errado porque eu perdi a minha liderança, eu me responsabilizo. Mas peço que não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo”, afirmou. Bolsonaro disse também que tem assistido “dia após dia a absurdos acontecerem na nossa pátria” e afirmou estar “lutando pela liberdade daqueles que nos criticam”.

Bolsonaro destacou aos apoiadores que “uma de suas funções na Constituição é ser o chefe supremo das Forças Armadas” e disse que os militares são “o último obstáculo ao socialismo”. O presidente ainda falou que o Brasil precisa que “suas leis sejam cumpridas”, seguido por gritos de apoio do grupo concentrado na Praça dos Três Poderes.

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