O mês de junho chegou e, com ele, a expectativa dos nordestinos para os shows, quadrilhas, arraiás de rua, festivais gastronômicos e concursos juninos.
No Rio Grande do Norte, depois de 2 anos paradas, as quadrilhas estilizadas estão preparando um verdadeiro espetáculo de criatividade, beleza e muito empenho nas coreografias de 2022.
Alguns grupos começaram os preparativos ainda em 2021. É o caso da Balão Dourado, que conta com cerca de 200 pessoas em sua equipe e buscou inspiração na cultura popular para a apresentação deste ano.
“Para 2022 nos inspiramos, principalmente, nos Teatro de Bonecos do Nordeste. Geralmente nossos preparativos começam em agosto do ano anterior. Temos aproximadamente duzentas pessoas envolvidas direta e indiretamente – contratados; pessoas que fazem serviços; dançarinos; coreógrafos; e o pessoal que não aparece, que fica nos bastidores”, contou o presidente Klebson Ribeiro.
Ele explicou, ainda, que é preciso estabelecer uma jornada de trabalho, e que ela vai progredindo conforme vão se aproximando as apresentações. “A jornada começa mais leve, geralmente só nos finais de semana para os coreógrafos. Mas, a partir de abril, isso se intensifica – principalmente para quem trabalha com costura, adereços, os músicos e a própria quadrilha, em si, que começa a ensaiar mais e dedicar mais tempo a isso. A partir de maio começa a ser de 8 a 10 horas de jornada diárias”, explicou Klebson.
Tanta preparação exige investimento. Por ano, a Balão Dourado, uma das maiores quadrilhas do RN, tem um orçamento de cerca de R$ 200 mil no período junino. “A maior parte desse valor é com ônibus. As viagens são nosso maior gasto”, disse o dirigente.
Partindo para o interior do Rio Grande do Norte, uma das quadrilhas que mais se destacam é a Junina Sertão – atual campeã do Mossoró Cidade Junina. Ao todo, o grupo conta com aproximadamente 90 pessoas, que começam os preparativos para as apresentações no mês de março. A equipe se reúne nos finais de semana para ensaios e confecção dos figurinos e adereços. O investimento anual da quadrilha varia entre R$ 35 e R$ 40 mil.
“Nosso tema desse ano é ‘O Tempo Não Esquece’. De imortais como Padre Cícero, o tempo não esquece. De Luiz Gonzaga, o tempo não esquece. De um grande amor, o tempo não esquece. E por aí vai”, contou a presidente Waneska Silva.
Após dois anos de pandemia, os quadrilheiros estão ansiosos para fazer um arraiá de encher os olhos do público e dos jurados.
“Nossa expectativa para esse ano são as melhores possíveis. O maior intuito da gente é brincar São João. Esperamos mostrar o nosso trabalho e encantar a todos”, desejou Waneska.
“A expectativa para 2022 é que seja um ano muito festivo, de resgate da cultura das festas juninas, e que todas as quadrilhas confraternizem, independente do resultado das competições. Esse é um ano muito emblemático para todos os quadrilheiros”, disse Klebson.
Este ano o Festival de Quadrilhas Juninas de Natal vai acontecer entre os dias 22 e 26 de junho, no pátio da Arena das Dunas.
Em Mossoró, a festa já começou na última sexta-feira (3) com o concurso para escolha do rei, rainha e dama da diversidade. Até 24 deste mês, mais de 90 apresentações prometem abrilhantar a Arena das Quadrilhas.
Já o Festival de Monte Alegre, um dos maiores do estado, esse ano vai reunir cinquenta e duas quadrilhas de 18 a 26 de junho.
O mês de junho também contará com os festivais de Nísia Floresta (dia 11), Barcelona (dias 11 e 12), Serra Caiada (dias 15 e 16), Arez (dia 17), Apodi (de 20 a 22), do Quatrocentão (de 22 a 25) e de Brejinho (dia 29).
Em julho as apresentações continuam em Extremoz (de 1 a 3) e em Macaíba (de 2 a 5).
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