A prova do concurso da Câmara Municipal de Natal, que despertou preocupações sobre a isonomia do certame devido a uma sequência de 20 questões consecutivas com a opção “A” como resposta correta, será reaplicada. A decisão foi comunicada nesta terça-feira (20) após uma reunião entre a banca organizadora, representantes da Casa Legislativa e o Ministério Público.
Realizado no domingo (18), o concurso referia-se ao cargo de Assistente Legislativo Geral, que oferece 12 vagas para profissionais com diplomas de qualquer curso superior. As demais provas não serão refeitas, sendo apenas a mencionada prova objeto de reaplicação.
A prova foi elaborada pela Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern) e a sequência de respostas levantou suspeitas entre os candidatos. A própria Câmara Municipal admitiu, inicialmente, estar perplexa diante desse fato, resultando na convocação de uma reunião urgente.
O procurador-geral da Câmara Municipal de Natal, Gustavo Sousa, explicou: “A fundação vai reaplicar essa prova que foi questionada, embora o questionamento tenha surgido apenas devido à frequência de sequência de uma única alternativa. No entanto, não houve qualquer questionamento sobre fraude ou qualquer outra irregularidade.” A data para a reaplicação ainda não foi definida, mas a comissão organizadora afirmou que em breve será divulgado um novo cronograma.
“Será agendada uma nova data para avaliação, oferecendo a todos os inscritos a oportunidade de realizar novamente o exame em relação a essa prova que foi questionada. Aqueles que, por algum motivo, não puderem participar poderão solicitar o reembolso da taxa de inscrição”, acrescentou.
De acordo com o assessor jurídico da Funcern, Kleiton Protássio, as provas foram elaboradas corretamente, porém, houve uma “falha humana” que resultou na sequência de respostas iguais no gabarito de Conhecimentos Gerais para o cargo de Assistente Legislativo Geral.
“Houve uma falha humana, por assim dizer, no processo de embaralhamento das questões, embora elas estivessem em conformidade com a legalidade e perfeitas. Eram questões objetivas, abrangidas pelo conteúdo programático do edital, com uma resposta correta e três incorretas”, explicou.
Apesar disso, a Funcern também reconheceu a necessidade de refazer a prova para evitar suspeitas em relação à credibilidade do concurso.
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