A ideia de revitalização da Ribeira é antiga e vem atravessando gerações e gestões da cidade. O Largo da rua Chile ainda chegou a ter fachadas revitalizadas no final da década de 1990. Porém as alternâncias políticas ao longo dos anos fizeram com que as propostas não tivessem continuidade e não prosperassem. E sem apoio e comprometimento do poder público, tudo fica ainda mais difícil. O que se viu então foram as tintas desbotarem, lixo acumulado, ruas novamente desertas… Mas eis que um novo projeto é anunciado e traz esperança de vida nova ao bairro histórico.
A Prefeitura do Natal anunciou, no início do mês, o projeto Reviva Ribeira, embalado como um pacote de diversas ações e obras estruturantes, tendo como ponto de partida a renovação das fachadas no entorno da praça Augusto Severo, na Ribeira, local que abriga o Teatro Alberto Maranhão e o Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, entre outros.
Serão beneficiados 17 prédios antigos, em quatro quadras que contornam o Museu de Cultura Popular, que receberão intervenções de engenharia e arquitetura, de acordo com o diagnóstico das condições de cada imóvel. Também está previsto o reordenamento das placas e letreiros comerciais de estabelecimentos daquela área.
Mas o Reviva Ribeira vai além da pintura das fachadas no entorno da praça Augusto Severo. Também estão previstas a renovação das cores na rua Dr. Barata, revitalização do Museu de Cultura Popular, construção do primeiro Museu de Artes e Esculturas a céu aberto de Natal, requalificação do Cais da Tavares de Lira, além da reforma do prédio da Funcarte e do Palácio Felipe Camarão.
Um grupo foi criado para acompanhar os trabalhos do Reviva Ribeira, tendo como membros representantes da Prefeitura e de entidades que atuam no bairro: Laumir Barreto, diretor da Fecomércio; Joanna Guerra, titular da Secretaria de Planejamento; Itamar Maciel Júnior, da Associação Comercial da Ribeira; a secretária de governo Danielle Mafra, e a arquiteta Karenine Dantas.
A secretária de Planejamento do Município, Joanna Guerra, reconhece o desafio de ocupar de forma funcional os prédios cujas fachadas serão revitalizadas. Para tanto, já foi iniciado um levantamento entre imóveis pertencentes à União, ao Governo do Estado e à própria Prefeitura, para que seja efetivada a posse para o poder municipal, com o objetivo de ocupar os casarões com secretarias e órgãos municipais.
A ideia é criar uma região administrativa, ocupando prédios na Ribeira, e, consequentemente, criando uma dinâmica ali; porque quando se habita a gente tem padarias, restaurantes, pequenos comércios sendo abertos”, comenta Joanna Guerra. De concreto, seguindo ela, está o início da revitalização do antigo prédio do Hotel Central, na rua Câmara Cascudo, para que, tão logo sejam concluídos os serviços, uma secretaria venha ocupá-lo. O prédio do antigo INSS também está sendo reformado e deverá ser ocupado pela Secretaria Municipal de Saúde. Outro prédio que está sendo reformado para futura ocupação é o da antiga sede da Receita Federal.
O próximo passo, segundo a secretária de Planejamento, é uma minuta de decreto para desmembramento do Reviva Ribeira, visando a ocupação também por parte de programas de educação e também por pequenos comércios. Todos os aspectos estão sendo discutidos pelo grupo de trabalho do projeto. “Provavelmente, deve sair uma lei específica com normas e incentivos de várias naturezas para que os comerciantes ocupem o bairro da Ribeira. Nossa expectativa é apresentar essa proposta até o final do ano”, comenta Joanna Guerra.
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