Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovaram indicativo de greve na noite da última terça-feira (09). A paralisação, contudo, ainda precisa ser aprovada por plebiscito, entre os dias 15 e 16 deste mês. Caso a greve seja aprovada, a greve será iniciada em 22 de abril por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada em assembleia feita no auditório Otto de Brito Guerra, localizado na reitoria da UFRN. Os professores rejeitaram a recente proposição do governo federal de reajuste para a categoria. A sinalização é de aumentar os salários dos servidores em 9%, dividido em duas parcelas de 4,5% em 2025 e 2026. Por essa proposta, não haveria qualquer reajuste em 2024.
Além disso, os docentes expressam preocupação com a precarização das condições de trabalho, como problemas estruturais nas instalações da universidade. A plenária organizada pela Segundo o Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ADURN) contou com a participação de mais de 250 docentes.
Segundo o presidente da entidade, Oswaldo Negrão, a assembleia também aprovou uma moção de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras terceirizados da UFRN.
“Foram mais de 2 horas de debate, em que foi assegurado o direito dos e das docentes, além de demais entidades que representam a comunidade acadêmica, de se manifestarem contra ou a favor da greve neste momento”.
Nesta quarta-feira (10), o Conselho de Representantes do ADURN-Sindicato vai se reunir extraordinariamente para eleger a comissão que deve elaborar as normas para a realização do plebiscito.
De acordo com o sindicato, a utilização do plebiscito como instrumento de deliberação sobre Greve está no Estatuto da entidade, para garantir a ampla participação dos professores e professoras nesse processo decisório.
Desde o dia 14 de março, a categoria dos técnicos-administrativos está com as atividades paralisadas também por reinvindicação de ajuste salarial.
De acordo com o ADURN-Sindicato, a última greve deflagrada pelos professores da UFRN aconteceu em 2020. A paralisação coincidiu com a suspensão das atividades da instituição federal em virtude da pandemia da Covid-19.
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