Na data reservada às comemorações ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Rio Grande do Norte tem uma conquista importante quando se trata da destinação adequada de resíduos. Principalmente se levarmos em conta que dos 167 municípios, em apenas 12 o lixo termina em aterros sanitários. A realidade de 155 cidades, ou 93% do território potiguar, é de manejo inadequado, com graves ameaças ambientais e ao bem-estar social.
Os dados, que são do Ministério do Meio Ambiente, colocam o RN em alerta, já que a média regional do Nordeste dá conta de que 75% das cidades destinam o lixo de forma incorreta, número abaixo dos 93% registrados no RN, conforme a Confederação Nacional dos Municípios.
A forma de destinação correta adotada pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos é o aterro sanitário. A política que está em vigor estabelece como meta que em 2024 não deverá haver nem lixão nem aterro controlado, uma forma intermediária de aterro sanitário e a completa falta de manejo que se vê nos lixões.
No mês de maio, a Central de Tratamento de Resíduos (CTR Potiguar), localizada no município de Vera Cruz, Região Metropolitana de Natal, entrou em operação, após cumprir rigorosamente todo processo de licenciamento. O empreendimento pode receber e processar resíduos sólidos de diversas cidades potiguares. A capacidade do aterro, que tem vida útil de 20 anos, é de atender a demanda de até 1,150 milhão de pessoas e receber 537 toneladas de lixo por dia, podendo aumentar conforme a necessidade.
“A CTR Potiguar pode resolver um grande problema de lixões que temos no estado inteiro e provocam a contaminação do lençol freático, poluindo o meio ambiente como um todo. A destinação final adequada traz inclusive, um impacto social muito grande, pois permite a reciclagem do lixo das cidades de forma mais fácil, uma vez que é possível fazer a separação do que pode ser aproveitado e é isso que estamos oferecendo”, afirma o diretor da empresa, Caio Magno.
A CTR Potiguar conta com toda segurança ambiental para destinação de resíduos e oferece uma nova perspectiva para as pequenas cidades e a todo esse setor do RN, além do compromisso com o desenvolvimento sustentável. O equipamento irá operar em duas fases. Na primeira, o objetivo segue a lógica de distância dos municípios da estação de tratamento. Tanto mais resíduos sejam tratados, mais próxima fica a segunda fase. Isso porque para operar as demais potencialidades, que envolvem até a geração de energia, é necessária uma quantidade significativa de lixo para os processos bioquímicos.
Como o aterro foi pensado considerando a própria demanda cada vez maior, a segunda fase compreenderá a implementação de separação de material para fins de reutilização e reciclagem, bem como técnicas para geração de energia, através de gás, fotovoltaica, biogás ou pirólise.
“A destinação adequada de resíduos tem sido discutida continuamente e nesta Semana do Meio Ambiente é importante destacar as iniciativas que podem contribuir não só para o cumprimento da legislação vigente, mas principalmente, para a preservação ambiental. A destinação correta do lixo é fundamental para isso”, finaliza Caio Magno.
7% das cidades do RN destinam o lixo para aterro sanitário
(Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Macaíba, Extremoz, Rio do Fogo, Ielmo Marinho, Mossoró, Riacho da Cruz, São Vicente e Taboleiro Grande)
93% das cidades destinam o lixo incorretamente
50,2 hectares é a área do empreendimento, sendo 14,63 hectares de mata preservada e 35,27 hectares de área construída.
1.150.000 pessoas é a capacidade de alcance do aterro, ou um terço do RN.
537 toneladas por dia é a capacidade atual de manejo.
123 pessoas foram necessárias para construir e operar o aterro.
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