O imbróglio envolvendo a retirada de árvores da avenida Jaguarari, na Zona Leste de Natal, ganhou um episódio definitivo na tarde desta quinta-feira (20), após a celebração de um acordo entre a Prefeitura de Natal e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN), em um ato simbólico realizado no canteiro central da via.
O projeto, de acordo com a secretária adjunta de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), Alessandra Marinho, vai manter um projeto de mobilidade da região “atendendo as questões sociais e ambientais, fazendo com que tudo funcione de uma forma mais equilibrada”.
“Ainda será formalizado – o acordo. Mas, de maneira verbal, hoje, em visita técnica, ficou acordado que serão mantidas as árvores restantes e que as calçadas terão suas dimensões mais limitadas, diante do comprometimento do espaço viário. Alguns trechos ficarão com canteiros, outros, não”, explica Alessandra Marinho, adjunta da Semurb.
“Todas as calçadas vão garantir acessibilidade, vamos trabalhar para que seja garantido que a calçada fique o mais larga possível, para que as pessoas possam circular tranquilamente. A questão viária também ficará adaptada para que todos os tipos de transporte possam circular pela Jaguarari, e ainda vamos garantir o máximo da arborização que já existe, e as que foram removidas a gente vai compensar em três para uma”, completa Alessandra.
A compensação pelas árvores já retiradas será feita, como disse Alessandra Marinho, com o plantio de outras três, o que deverá ser feito ao longo da mesma avenida Jaguarari, no trecho de onde foram retiradas, e o restante, nas calçadas que comportarem o vegetal, em função de sua largura.
O Ministério Público esteve representado no ato pelo promotor Cláudio Onofre, da 28ª Promotoria de Justiça de Natal, também conhecida como Promotoria do Meio Ambiente. Ele celebrou o acordo firmado com o município.
“A prefeitura, neste ato representada pela Semurb e STTU, foi muito sensível ao reclame, não só da preservação ambiental, como também dos moradores da região. Ela vai fazer uma adaptação, vai preservar essas árvores, vamos transformar isso aqui em uma área, tentando colocar um monumento, uma praça, algo do tipo”, comemora Onofre.
O promotor lembrou a relação afetiva que a área tem para moradores da região. “se você prestar atenção, toda a Jaguarari tem essa região aqui como uma espécie de bosque, de área verde, que não encontra em nenhuma região da via. Essas árvores foram plantadas pelas irmãs da Escola Dom Marcolino Dantas, e existe essa questão afetiva não só do pessoal do colégio, como também dos moradores, então é uma conciliação que a gente espera que possa servir para ser utilizada em outras áreas da cidade”, diz.
Um dos principais ativistas na luta pela preservação da vegetação que existe na avenida Jaguarari, o vereador Robério Paulino (Psol) também participou do encontro. Ele, que chegou a se acorrentar a uma das árvores na tentativa de impedir o corte dela, comemorou o acordo.
“Houve sensibilidade das duas partes, e essas árvores não vão ser mais derrubadas, e isso é o que conta para nós, porque se levou em conta o aspecto que a prefeitura estava defendendo da acessibilidade, mas ao mesmo tempo, o aspecto da natureza, o aspecto da preservação ambiental. Eu acho que isso é uma grande conquista. Ganha o movimento ambiental, ganha Natal, ganha a prefeitura, ganha todo mundo nessa saída que foi acordada aqui”, diz Robério Paulino.
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