Recentemente, durante a obra do aterro hidráulico de Ponta Negra, a chamada “engorda de Ponta Negra”, a praia foi tomada por um tipo de pedra que tem chamado a atenção dos banhistas e frequentadores da orla. O surgimento dessas pedras, que se chamam “rodolitos”, geraram questionamentos.
A Prefeitura de Natal publicou na segunda-feira (24) um texto no qual tenta esclarecer o fenômeno. No comunicado, publicado no site oficial da Prefeitura, é explicado que o aparecimento dos rodolitos pode estar associada às obras de engorda, que utilizam sedimentos extraídos de depósitos marinhos”.
Confira abaixo o texto completo:
“Uma nova praia de Ponta Negra começa a surgir. Larga, exuberante e linda pela própria natureza. As obras da engorda estão chegando próximo ao nosso mais importante cartão postal, o morro do careca, que precisa dessa proteção para garantir sua imponência. Porém, durante as obras, algumas estruturas curiosas têm aparecido na orla da Praia de Ponta Negra, os rodolitos despertaram atenção e levantaram questionamentos sobre sua origem e impacto ambiental.
É importante esclarecer que essas estruturas são fragmentos esbranquiçados formados por algas marinhas calcárias, que habitam o fundo do oceano, desempenhando importante papel ecológico como habitat para diversas espécies e na formação de sedimentos marinhos, informa a empresa Caruso, responsável pelo monitoramento ambiental da obra.
Segundo a MSc Engenharia Ambiental e Oceanográfa, Dayane Dall’Ago, da empresa Caruso, que monitora os aspectos ambientais da obra, apesar de sua aparência, eles não são organismos vivos, mas restos de algas que, ao perderem vitalidade, tornam-se rígidos e brancos devido à precipitação de carbonato de cálcio. A ocorrência desses fragmentos na faixa de areia pode estar associada às obras de engorda, que utilizam sedimentos extraídos de depósitos marinhos.
Durante o processo de dragagem, os rodolitos podem ser coletados junto ao material arenoso e, posteriormente, transportados para a praia. Fatores como ondas e correntes marinhas contribuem para sua redistribuição, resultando em sua aparição temporária na superfície da faixa de areia.
É importante destacar que os rodolitos tendem a ser levados de volta ao ambiente marinho com o movimento das ondas e das correntes locais, conforme o mar realiza o processo de lavagem e redistribuição dos sedimentos.
Os estudos e monitoramentos ambientais, contratados pela Prefeitura de Natal, seguem sendo conduzidos pela equipe formada por técnicos da Fundação Norte-Riograndense de Pesquisa e Cultura (Funpec) e da Caruso Jr e estudos Ambientais e Engenharia Ltda, para garantir que todas as etapas da obra seja realizada de forma segura do ponto de vista ambiental e social.
A obra de engorda da Praia de Ponta Negra é de grande importância para a proteção da faixa costeira e a preservação desse importante ponto turístico de Natal. Sendo o principal investimento em infraestrutura nas áreas costeiras da história do RN e tão importante para nossa cidade! A previsão de finalização é em janeiro de 2025.
A Prefeitura do Natal segue comprometida em garantir a execução do projeto com responsabilidade ambiental, respeitando os ecossistemas e promovendo o diálogo com a população.”
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