Às vésperas da Copa do Mundo, que acontece em novembro deste ano no Qatar, a venda de artigos de decoração do Brasil ainda está morna em Natal. É o que apontam os vendedores do Alecrim, maior centro comercial da capital potiguar.
Marcos Antônio, mais conhecido como Tonho, trabalha em uma loja de importados que está vendendo produtos do Brasil para a Copa. De acordo com ele, os itens que mais têm saído por enquanto são camisas e bandeiras. Mas o motivo não é a copa, e sim as eleições. A expectativa é que as cornetas, chapéus, faixas, bonés e demais acessórios sejam mais procurados em novembro, quando a eleição tiver acabado e a atenção das pessoas se voltar para a competição.
“O povo está misturando muito as coisas do Brasil com a política. Então muita gente diz que só vai comprar em novembro mesmo, depois que passar a eleição”, relatou o vendedor.
Alex Silva é locutor em uma loja de acessórios e maquiagens que também está vendendo artigos para a Copa. De acordo com ele, o estabelecimento começou a expor e vender os produtos logo após o São João, em julho.
“Começamos a vender cedo já na expectativa da eleição e da Copa, já que vai acontecer tudo praticamente ao mesmo tempo”, contou.
Nessa loja, o que mais tem saído são bandeiras, bandeirinhas para carro e capa para capô de carro; tudo para as Eleições. A expectativa do estabelecimento também é de que os demais itens, como tiaras, brincos, balões, entre outros, comecem a sair mais assim que passar o segundo turno, no final de outubro.
“Eu quero comprar a camisa azul da Seleção, mas só depois que passar as Eleições”, disse a contadora Diana Sofia, justificando não querer que confundam o uso da camisa do Brasil com apoio a qualquer ideologia política. “A bandeira se tornou, inadequadamente, a representação de ideais e princípios que não concordo. E talvez após as eleições, com a Copa, a gente consiga ressignificar isso”, continuou.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera um crescimento de 7,9% no faturamento do varejo em relação a 2014, ano em que o Brasil foi sede do evento. Já a Associação Brasileira do Varejo (ABV) acredita em um aumento de até 12% nas vendas neste período. Analistas também preveem o crescimento de vendas de segmentos específicos, como eletrônicos, uma vez que historicamente o brasileiro investe em TVs novas para assistir à Copa.
“O cenário de contratações para varejo e logística é muito positivo, neste último trimestre”, afirma Gabriela Mative, diretora de Recursos Humanos da Luandre. “Muitos seguem comprando online, mas o comportamento de consumo é híbrido e, sem dúvida, o comércio em shoppings e lojas de rua se fortaleceu nos últimos meses, portanto temos vagas diversas, em todo o país”, completa.
A diretora de RH da Luandre chama a atenção para a oportunidade que representam as vagas temporárias, relacionadas a essa sazonalidade, uma vez que a Lei 13.429/17 ampliou o contrato individual do Trabalho Temporário para até 180 dias, com possível prorrogação para mais 90 dias.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias