De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma em cada dez mulheres no Brasil sofre com endometriose, enquanto que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, globalmente, 180 milhões de mulheres tenham a doença. Diante desse cenário, pesquisadores estão desenvolvendo um aplicativo para celular, que visa auxiliar profissionais de saúde que lidam com pacientes que têm a doença.
Mestra em Biotecnologia pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGB) da Universidade Potiguar (UnP), Fabiana Kariny Batista está na equipe e participou da produção de um artigo científico sobre o tema.
A pesquisadora, que atua como médica e preceptora em um programa de residência médica em Ginecologia e Obstetrícia da capital potiguar, foi orientada pelo professor Ricardo Ney Cobucci, que também trabalhou no desenvolvimento do app em parceria com o professor Itamir Barroca Filho e sua equipe do Instituto Metrópole Digital (IMD) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Batizado de Endometriosis Intelligent Application (Enia), o programa funciona como um auxílio a médicos e residentes no diagnóstico da doença, oferecendo mais celeridade e assertividade no processo. Basicamente, o aplicativo funciona com um método não invasivo de detecção da doença, apresentando um questionário que vai investigar sintomas, estilo de vida e histórico da paciente.
Ainda em fase de protótipo, a publicação do estudo sobre o aplicativo é uma etapa importante para seu desenvolvimento. Testado com médicos e residentes, o Enia mostrou bons resultados entre os profissionais e se apresenta como um importante instrumento para evitar demora no diagnóstico da doença, o que pode ser fundamental para o sucesso do tratamento.
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